MDIC descarta perdas significativas nas exportações após nova operação da PF

  • Por Estadão Conteúdo
  • 05/03/2018 20h19
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José Cruz/Agência Brasil Ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge de Lima, afirma que o país conseguiu demonstrar durante a primeira fase da Carne Fraca, em março de 2017, que as fraudes foram isoladas em "pouquíssimos frigoríficos"

O ministro interino da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge, descartou nesta segunda-feira, 5, um impacto significativo na balança comercial brasileira provocado pela deflagração de mais uma fase da operação Carne Fraca, que investiga a adulteração de laudos pela BRF para burlar a fiscalização sanitária.

“Temos a convicção de que não haverá maiores prejuízos para as exportações brasileiras”, comentou o ministro depois de visitar a Abrin, feira organizada pela indústria de brinquedos na zona norte da capital paulista.

Jorge, após lembrar que a operação de hoje contou com a participação do Ministério da Agricultura, destacou que o País conseguiu mostrar após a primeira fase da Carne Fraca, realizada em março do ano passado, que as fraudes foram isoladas em “pouquíssimos frigoríficos”.

O ministro interino da Indústria fez ainda comentários sobre a decisão do governo norte-americano de sobretaxar as importações de aço e alumínio. Ele disse que, em encontro na semana passada, levou ao secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, a mensagem de que o aço brasileiro não representa qualquer tipo de risco à indústria e segurança nacional daquele país.

“Pelo contrário, temos uma indústria complementar entre ambos os países. Somos o principal importador de carvão dos Estados Unidos, que é processado aqui e volta para lá como aço semiacabado, fomentando a própria siderurgia americana em produtos em que os Estados Unidos não têm capacidade de atender a toda a demanda local”, comentou o ministro.

Jorge evitou falar sobre o Rota 2030, política automotiva que está em discussão no governo para substituir o Inovar-Auto, regime condenado pela Organização Mundial do Comércio (OMC). O projeto, lembrou, saiu de sua pasta e está agora na Casa Civil.

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