Menino de 10 anos participa do ‘desafio do desodorante’, inala aerossol e morre

João Victor Santos foi encontrado pelo Samu de Belo Horizonte já sem vida e com parada cardiorrespiratória; pai fez alerta sobre o uso da internet por crianças

  • Por Jovem Pan
  • 26/08/2022 18h29 - Atualizado em 26/08/2022 18h29
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Reprodução/Facebook/@oseiasmirandaoficial Menino de 10 anos deitado na cama faz sinal de V com a mão direita "Desafio do desodorante" consiste em uma competição para ver quem consegue inalar a maior quantidade de aerossol e por mais tempo

Um menino de 10 anos morreu na última quinta-feira, 25, em Belo Horizonte, após participar do “desafio do desodorante”. João Victor Santos foi encontrado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) da capital mineira já sem vida e com parada cardiorrespiratória após ter inalado o aerossol contido do produto. Nas redes sociais, a mãe do garoto informou que ele será sepultado ainda nesta sexta-feira, 26, no Cemitério Parque Terra Santa, no bairro Sabará, na capital mineira. Em entrevista ao jornal “O Tempo”, o pai de João, Fabiano Teixeira Santos, disse que o filho “gostava de internet e assistir aos vídeos na televisão”. Ele também deu um alerta para outros pais. “Eu peço para que todos olhem e tomem cuidados com seus filhos. A internet oferece muitas coisas boas, mas também tem coisas ruins. Se a gente não tomar cuidado, vai acontecer cada vez mais.”

O “desafio do desodorante” consiste em uma competição para ver quem consegue inalar a maior quantidade e por mais tempo o aerossol presente nos produtos. A corrente tem viralizado nas redes sociais, especialmente entre crianças e adolescentes. Essa não é a primeira vez que brincadeiras perigosas desse tipo viralizam na internet e colocam a saúde e segurança de crianças e adolescentes em risco. Em 2019, o “Desafio Momo” se alastrou pelo WhatsApp e incentivava os participantes a cometerem o suicídio através da imagem de uma mulher macabra. Naquele mesmo ano, o “desafio” ou “Jogo da Baleia Azul” também propunha uma série de 50 etapas a serem seguidas e que culminavam no suicídio da criança ou adolescente. A origem da “brincadeira” nunca foi conhecida, mas os primeiros relatos de pais preocupados vieram da Rússia.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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