Parte da mina da Braskem em Maceió se rompe na lagoa Mundaú; risco de colapso ainda amedronta moradores

Prefeito João Henrique Caldas publicou imagens do desastre ambiental, mas disse que ainda não há detalhes sobre a extensão dos danos; área estava desocupada desde o primeiro alerta

  • Por da Redação
  • 10/12/2023 15h22 - Atualizado em 10/12/2023 17h22
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Reprodução/Câmera de Segurança Círculo em vermelho mostra onde aconteceu rompinento na Lagoa Mundaú Câmera de monitoramento registrou o momento em que mina se rompeu na lagoa Mundaú

A mina de número 18 da Braskem, localizada em Maceió, sofreu um rompimento neste domingo, 10, conforme informaram a Defesa Civil e a prefeitura da cidade. A área afetada está sob a lagoa Mundaú, levantando preocupações sobre a salinização do local e seus impactos na fauna e flora. O prefeito João Henrique Caldas afirmou que ainda não há detalhes sobre a extensão dos danos. Imagens divulgadas pela gestão municipal mostram o reflexo do rompimento. A Defesa Civil de Maceió está monitorando a situação. A mina e seu entorno estão desocupados desde o primeiro aviso de risco de colapso, não representam riscos para as pessoas, segundo o prefeito.

A área atingida tem ligação com o afundamento do solo que afeta cinco bairros da capital alagoana. A velocidade de afundamento da mina 18 aumentou para 0,54 cm por hora, com um movimento de 13 cm em 24 horas, segundo boletim da Defesa Civil. Desde o dia 30 de novembro, o afundamento acumulou 2,24 metros. O município está em estado de emergência por 180 dias, determinado pelo prefeito em 29 de novembro. O problema na mineração começou em março de 2018, e mais de 60 mil pessoas foram realocadas dos bairros afetados, abrangendo cerca de 20% do território da capital alagoana. A Braskem interrompeu as operações em 2019, buscando preencher as cavidades das 35 minas na região.

A exploração de sal-gema teve início na década de 1970 em Maceió, resultando na criação de 35 poços de extração ao longo dos anos. No entanto, os primeiros danos na região ocorreram em fevereiro de 2018, quando um forte tremor de terra causou as primeiras rachaduras no bairro Mutange. Naquela ocasião, mais de 55 mil pessoas tiveram que deixar suas casas. Agora, há o temor de que uma das minas possa entrar em colapso e afundar todo o solo, o que poderia resultar em grandes crateras e tremores. Além disso, existe a possibilidade de que o rompimento do solo se estenda para outras regiões, causando um efeito cascata. Somente no mês de novembro, foram registrados cinco abalos sísmicos no bairro Mutange.

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