Ministério da Agricultura aponta contaminação em outras marcas da cervejaria Backer

Até o momento, as análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária constataram 21 lotes contaminados

  • Por Jovem Pan
  • 16/01/2020 17h56
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Luidgi Carvalho/Estadão Conteúdo Até agora, três mortes foram confirmadas por suspeita de intoxicação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento identificou nesta quinta-feira (16) a presença dos contaminantes monoetilenoglicol e dietilenoglicol em oito produtos da Cervejaria Backer. Além das marcas Belorizontina e Capixaba, divulgados anteriormente, foram encontradas as substâncias tóxicas nas marcas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.

Até o momento, as análises realizadas pelos Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária constataram 21 lotes contaminados.

O Ministério segue atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas. “Ressaltamos que a empresa permanecerá fechada até que se tenha condições seguras de operação e os produtos somente serão liberados para comercialização mediante análise e aprovação do Mapa”, disse a pasta.

Todos os produtos fabricados pela Cervejaria Backer já estavam e continuam sendo retirados do mercado, por recolhimento feito pela própria empresa e por ações de fiscalização e apreensão dos serviços de fiscalização.

Mortes

A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou hoje a morte da terceira pessoa suspeita de ter sido contaminada pela substância dietilenoglicol após consumir a cerveja Belorizontina.

A vítima morreu na madrugada desta quinta-feira (16). O corpo foi levado para o IML da capital mineira para necropsia.

Outras duas mortes já foram confirmadas pela polícia. Um quarta óbito, de uma mulher no município de Pompeu, também está em análise.

O Ministério da Agricultura confirmou que a cervejaria usou água contaminada na produção. A análise detectou que a contaminação foi dentro do local, mas ainda não se sabe como. A pasta considera como hipóteses o uso indevido ou vazamento de substâncias de refrigeração, além da sabotagem.

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