Ministério da Saúde diz que vacina não será obrigatória, mas é ‘instrumento para normalidade’

Em coletiva de imprensa, pasta afirmou que imunização deve começar em janeiro de 2021

  • Por Jovem Pan
  • 02/09/2020 19h22
REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo Mulher olhando frasco de vacina contra Covid Vacina contra Covid-19 tem causado polêmica

Durante coletiva de imprensa do Ministério da Saúde no fim da tarde desta quarta-feira, 2, o secretário-executivo Élcio Franco Filho reafirmou que ninguém será obrigado a tomar a vacina contra a Covid-19, mas que ela é ‘um grande instrumento para voltarmos à nossa normalidade’. O debate sobre a obrigatoriedade da vacinação está em alta desde que o presidente Jair Bolsonaro disse que “ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina”. Ainda durante sua fala, Élcio afirmou que o primeiro lote da vacina do consórcio Oxford/Astrazeneca deve ser distribuído em janeiro de 2021.

“É o projeto mais avançado e reconhecido. Todos os esforços estão sendo feitos. A previsão é que os primeiros lotes estarão sendo entregues em janeiro de 2021, se tudo der certo”, informou. A expectativa da pasta é ter produção nacional do imunizante no ano que vem. “A partir da absorção da tecnologia pela Fiocruz, eles terão independência científica e capacidade de produzir as vacinas a partir do final do primeiro semestre de 2021, em torno de 30 a 40 milhões de doses ao mês”, explicou Élcio.

Segundo ele, não há uma previsão de vacinar 100% da população e sim priorizar os grupos de risco e os grupos que integram a linha de frente (médicos, enfermeiros, policiais, bombeiros e etc). “O grupo prioritário está sendo discutido pelo grupo do Programa Nacional de Vacinação. Baseado na fase 3 serão definidos os públicos-alvo da vacina para determos essa pandemia“, finalizou. O secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros, também participou da coletiva e afirmou que o Ministério tem um planejamento e logística de vacinação para quando ‘tivermos uma vacina eficazmente comprovada’.

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