Ministério da Saúde diz que vacinação contra Covid-19 em grupos prioritários termina somente em setembro
Estimativa feita pelo ex-ministro Eduardo Pazuello apontava término em maio
Durante entrevista coletiva nesta quarta-feira, 21, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, informou que o Brasil só deve terminar a vacinação contra Covid-19 em grupos prioritários no mês de setembro. Esse grupo inclui trabalhadores da saúde, idosos, pessoas com deficiência, povos indígenas, comunidades ribeirinhas e quilombolas, forças de segurança e forças armadas, professores, motoristas de ônibus, condutores de metrô e trens, entre outros, totalizando 77,2 milhões de pessoas, ou 36% da população. De acordo com levantamento da pasta, até o momento foram aplicadas 33.807.132 doses dos imunizantes contra coronavírus, entre primeira e segunda doses. O ex-ministro, Eduardo Pazuello, tinha garantido que essa fase da vacinação terminaria em maio.
“O calendário é sujeito às entregas. Primeiro, a Covax Facility, iniciativa da Organização Mundial da Saúde, que é referida com padrão de excelência. A Covax não nos entregou o que foi acordado. Há também uma carência de outros insumos, não é uma questão do Brasil, é uma questão mundial. Não ter atingido a meta se deve a esses aspectos, aos aspectos regulatórios. O Ministério da Saúde não vai colocar vacinas que não forem aprovadas pela Anvisa, é uma questão legal”, explicou Queiroga durante a coletiva.
Brasil receberá 1,5 milhão de medicamentos para ‘kit intubação’ até maio
Também nesta quarta-feira, 21, o Ministério da Saúde informou que o primeiro lote dos medicamentos para o ‘kit intubação‘ deve chegar até o fim da próxima semana com cerca de 1 milhão de unidades. Para conseguir garantir um aporte maior dos medicamentos, a pasta vai lançar um pregão internacional para a aquisição de novos insumos ainda nesta semana. Um dos lotes é composto por 80 mil itens do kit que foram doados pelo governo da Espanha. Além dos mais de 2 milhões já entregues aos estados, outros 1,1 milhão de remédios foram doados pela empresa Vale do Rio Doce em parceria com um conjunto de empresas brasileiras.
“Nós temos adotado uma série de ações para aumentar a oferta, como a realização de um pregão. Também contamos com o apoio da indústria nacional, OMS/OPAS, e com a solidariedade de outros países que farão doações dos insumos ao Brasil. Estamos unindo forças para que não haja desabastecimento no mercado e que possamos vencer esta fase mais crítica”, disse o ministro Marcelo Queiroga durante a coletiva.
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