Ministério da Saúde suspende aplicação da vacina de Oxford em grávidas após notificação de morte
Anvisa foi avisada sobre óbito de mulher com suspeita de AVC e investiga relação; governo ressaltou que CoronaVac e Pfizer estão liberadas para gestantes e puérperas com comorbidades
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu a aplicação de doses da vacina da Universidade de Oxford, fabricada em parceria com a AstraZeneca/Fiocruz, contra a Covid-19 em grávidas e puérperas após notificação sobre a morte de uma gestante de 35 anos. A decisão foi informada nesta terça-feira, 11, pela agência em nota. Segundo o comunicado, a Anvisa foi notificada pelo próprio fabricante da vacina sobre a “suspeita de um evento adverso grave de acidente vascular cerebral hemorrágico com plaquetopenia”. A gestante foi internada no dia 5 de maio, com o feto morrendo no dia 6 e a mulher no dia 10. A Anvisa disse que a análise que definirá se a morte tem relação ou não com a aplicação da vacina levará em consideração “diversos aspectos como dados sobre a paciente, sua história clínica, dados de exames laboratoriais, bem como sinais e sintomas apresentados após a administração e um medicamento ou vacina”. Além disso, a nota da agência ressalta que não foram registrados outros eventos adversos graves envolvendo gestantes.
Após a suspensão, o Ministério da Saúde (MS) determinou que a vacinação de grávidas será feita apenas para mulheres com comorbidades, com as vacinas da CoronaVac e da Pfizer. A determinação se estenderá até o fim da análise do caso envolvendo a vacina da Astrazeneca. Em coletiva nesta terça-feira, 11, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou a decisão e afirmou que a pasta acompanhará as gestantes que forem imunizadas. “A decisão do Ministério é circunscrever a vacinação das gestantes apenas àquelas que tem comorbidades e restringir neste momento, por questões de cautela, a dois imunizantes: a vacina da Pfizer e a vacina CoronaVac. Vamos acompanhar todas as gestantes que forem imunizadas, como já estamos fazendo, independente do tipo de agente imunizante, para identificar se há algum tipo de evento adverso”, disse Queiroga.
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