Ministério Público denuncia cinco policiais por modificarem cena da morte de grávida no RJ

PMs teriam cometido fraude processual para criar suposto cenário de confronto onde Kathlen Romeu de Souza foi morta

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2021 17h28
Reprodução / Instagram @eukathlenromeu jovem grávida Kathlen foi morta com tiro de fuzil no Rio

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou nesta segunda, 13, cinco policiais militares por terem alterado a cena da morte da designer Kathlen Romeu de Souza, que tinha 23 anos e estava grávida. Kathlen foi morta por um tiro de fuzil no Complexo de Lins, na Zona Norte do Rio, no dia 8 de agosto de 2021. O capitão da PM Jeanderson Corrêa Sodré, o 3°sargento Rafael Chaves de Oliveira e os cabos da PM Rodrigo Correia de Frias, Cláudio da Silva Scanfela e Marcos da Silva Salviano são acusados de fraude processual. A denúncia afirma que, antes da chegada da perícia, eles retiraram o material que estava na cena do crime e acrescentaram 12 cartuchos calibre 9mm deflagrados e um carregador de fuzil 556, com 10 munições intactas, que foram apresentados mais tarde na 26ª Delegacia de Polícia, no bairro de Todos os Santos, como forma de alegar um confronto com criminosos.

Chaves, Frias, Scanfela e Salviano teriam retirado os objetos e Sodré, que estava no local e tinha autoridade hierárquica para evitar a alteração, se omitiu. Por conta disso, os quatro foram acusados de fraudes processuais e por dois crimes de falso testemunho, enquanto o capitão foi denunciado por fraude processual na forma omissiva. “Ato contínuo, enquanto deveriam preservar o local de Homicídio, aguardando a chegada da equipe de peritos da Polícia Civil (PCERJ), os denunciados Frias, Salviano, Scanfela e Chaves o alteraram fraudulentamente, realizando as condutas acima descritas, com a intenção de criar vestígios de suposto confronto com criminosos”, diz trecho da denúncia.

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