Ministério Público do Rio criará força-tarefa para investigar morte de Marielle

Inquérito que busca descobrir os mandantes do assassinato voltará para o comando da promotora responsável pela denúncia oferecida contra os executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 15h31
Reprodução/Facebook marielle franco falando em um microfone. Mulher negra de cabelos crespos castanhos, lenço colorido na cabeça e blusa azul Marielle foi morta em 14 de março de 2018 em uma emboscada na região central do Rio

O procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, anunciou nesta quinta-feira, 4, que o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) criou uma força-tarefa para atuar na continuidade das investigações dos assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes. A promotora de Justiça Simone Sibilio vai coordenar os trabalhos, auxiliada pela promotora de Justiça Letícia Emile e equipe. A vereadora do PSOL e seu motorista foram mortos em 14 de março de 2018 em uma emboscada na região central do Rio. Três anos após o atentado, os investigadores ainda não apontaram quem foi o mandante do crime.

Com a resolução publicada nesta quinta-feira, as investigações que buscam identificar os mandantes dos assassinatos voltam para o comando de Simone, que atuou desde a primeira fase e foi responsável pela denúncia oferecida em março de 2019 contra os executores do crime, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz. “Este caso sempre foi prioridade para o Ministério Público. E continuará sendo, razão pela qual aceitamos o convite de retornar para esta investigação, na certeza de que toda a estrutura será oferecida para que a elucidação do caso aconteça. Gostaria de ressaltar o meu total compromisso com a sociedade e com os familiares das vítimas no empenho e dedicação a este caso”, afirmou a promotora.

Simone também atuou em diversos atos investigatórios para apurar a identificação dos mandantes do crime. Entre as ações que acompanhou estão oitivas de mais de duas centenas de testemunhas, manejo de diversas medidas cautelares autorizadas judicialmente, acareações, buscas e apreensões e perícias técnicas. O MP-RJ também anunciou hoje que decidiu encerrar as atividades do Gaecc (Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção), responsável por investigar o suposto esquema de corrupção envolvendo o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Mattos de Souza repassou as atribuições do Gaecc para o Gaeco.

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