Mônica Calazans recebe 2ª dose da CoronaVac; padre Júlio Lancellotti também é vacinado em SP

Enfermeira foi a primeira pessoa imunizada no Brasil, no dia 17 de janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 12/02/2021 13h23 - Atualizado em 12/02/2021 15h52
ANTONIO MOLINA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 12/02/2021 SP - CORONAVÍRUS/SP/VACINAÇÃO/PRIMEIRA VACINADA - GERAL A enfermeira disse estar recebendo piadas e acusações de ter feito teatro na vacinação

A enfermeira Mônica Calazans recebeu, nesta sexta-feira, 11, a segunda dose da CoronaVac, a vacina do Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac contra a Covid-19. Mônica foi a primeira pessoa vacinada contra a doença no Brasil, no dia 17 de janeiro. O governador do Estado, João Doria, afirmou que ela virou símbolo no Brasil e também no exterior por estar na linha de frente no combate ao coronavírus. A enfermeira disse estar recebendo piadas e acusações de ter feito teatro na vacinação. “Eu sou enfermeira, tenho muito orgulho de tudo isso. Não sou atriz, sou enfermeira. Com tantas mortes, não existe atuação teatral. É uma realidade que todos nós estamos vivendo. Estou aqui pelos brasileiros, tomei a vacina do Butantan com muito orgulho. É a vacina de São Paulo, é a vacina do Brasil. E é o que estávamos esperando, realmente, para sair dessa prisão que todos nós estamos vivendo”, declarou.

Mais cedo, o padre Júlio Lancellotti, conhecido por atuar pela causa de pessoas em situação de rua, também foi vacinado. Nesta sexta-feira, a cidade de São Paulo começou a imunizar moradores de rua com mais de 60 anos. “Hoje, para nós, foi um momento muito bonito, tocante e forte nos termos de humanização. São mais de 2,2 mil moradores de rua nesta faixa etária”, disse Júlio Lancellotti durante a coletiva do governo de SP. Ele acompanhou os consultórios de rua com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido e elogiou o fato de que, mais do que recebendo essa população nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), está acontecendo um trabalho de busca ativa desses moradores. Júlio Lancellotti também comparou a decisão do Estado e município de São Paulo com a decisão tomada pelo Papa Francisco no Vaticano e em alguns pontos de Roma. “Em uma cidade como a nossa, tão cheia de contrastes, vacinar os irmãos de rua é um sinal de humanização”, disse.

O Estado de São Paulo tem, nesta sexta-feira, 1.901.574 casos confirmados da Covid-19 e 55.951 óbitos pela doença. A taxa de ocupação dos leitos de UTI está em 66,7% no Estado e 65,6% na Grande São Paulo. Em relação ao número de internados, 5.834 estão em UTI e 6.609 estão em enfermaria — entre casos confirmados e suspeitos. Em comparação com a última semana, o número de casos de Covid-19 teve uma queda de 9% e o de internações, de 6%. Já o número de óbitos teve um aumento de 5%.

O Centro de Contingência da Covid-19 no Estado fez recomendações para o Carnaval. Apesar do ponto facultativo ter sido cancelado, muitas pessoas mantiveram os planos de viagem: 1. Usar máscaras e higienizar as mãos; 2. Não participar de eventos e aglomerações; 3. Caso tenha uma viagem planejada, realizar o teste para Covid-19 antes. Caso testar positivo, não viajar; 4. Cumprir isolamento social por uma semana após viajar ou realizar atividades de risco; 5. Praias devem ser destinadas apenas à prática de exercício individuais. Denúncias podem ser realizadas pelo número 0800 771 3541.

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