Morador de rua que matou colega já ameaçou incendiar casa de idosa

  • Por Leonardo Martins
  • 09/01/2020 17h04 - Atualizado em 10/01/2020 08h00
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Reprodução explosão morador de rua Flausino Campos foi preso temporariamente na noite desta terça-feira

O suspeito de atear fogo a um morador de rua no último domingo (5), na zona leste de São Paulo, ameaçou incendiar a casa de uma idosa de 69 anos em 2010.

De acordo com o boletim de ocorrência, Flausino Campos importunava a idosa e chegou a quebrar uma árvore em frente à sua residência. Após a mulher ter acionado a Polícia Militar para contê-lo, ele a ameaçou dizendo que ia “tocar fogo no portão”.

Segundo a versão de Flausino, ele fez a ameaça para que a idosa “pagasse uma nova calça”, pois a cachorra da mesma teria rasgado sua peça de roupa.

Flausino Campos foi preso temporariamente na noite desta terça-feira no Cambuci, região central da cidade. Ele teria matado Carlos Roberto Vieira da Silva, 39, queimado vivo enquanto dormia. Carlos chegou a ser internado no Hospital Municipal do Tatuapé com 70% do corpo queimado, mas morreu na manhã desta segunda-feira.

Há pelo menos outros quatro registros de ocorrências em que Flausino Campos está envolvido. Em outro caso, ao ser abordado por policiais militares, Flausino disse que “nenhum policial de merda vai relar a mão em mim”. Depois, ao ser contido pelos PMs, Campos mordeu a mão e o braço dos soldados.

O suspeito foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar) nesta quinta. Segundo a polícia, ele confessou que agiu por vingança por conta de um furto de R$ 10 mil.

“Ele diz que fez um saque de uma determinada quantia, um valor de R$10 mil, e que a única pessoa para a qual ele teria apresentado esse dinheiro seria a vítima, e que só ele sabia. Quando ele acordou naquela noite, verificou que já não estava mais de posse daquele dinheiro. Então, fez a presunção de que a única pessoa [que poderia ter o furtado] teria sido a vítima. Mas nós não estamos convictos ainda”, relatou o delegado Glaucus Vinícius Silva.

Não está descartada pela polícia a hipótese das chamas terem tomado grandes proporções sem a intenção do suspeito, ou seja, por acidente.

O corpo do morador de rua foi encaminhado para ser velado em Sergipe, sua terra natal.

O caso é investigado pelo 18º DP.

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