Moreira Franco diz que vai pedir à Petrobras que suspenda parada de Mexilhão
O ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, confirmou que vai “fazer um apelo” para que a Petrobras suspenda uma parada programada da plataforma de Mexilhão, produtora de gás natural na Bacia de Santos, anunciada na semana passada pela empresa, decisão tomada em conjunto com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).
A Petrobras argumenta que escolheu esse período justamente pela redução da demanda em relação ao verão, quando o ar-condicionado aumenta expressivamente o consumo de energia no País.
Ele afirmou que vai pedir ao presidente da estatal, Ivan Monteiro, em reunião na noite desta segunda-feira, 30, que considere a hipótese de adiar “por um ou três meses” a manutenção e as obras de expansão do escoamento de gás da bacia.
“Isso não é pelo fato de a Petrobras ser uma empresa pública, se fosse uma empresa privada, pelo impacto que isso provoca por causa da situação hidrológica, faria o apelo em benefício da sociedade brasileira, para escolher um período melhor”, disse o ministro ao participar da reunião do Conselho de Energia da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), onde foi assinada a autorização para construção de uma termelétrica de 1 673 megawatts de capacidade instalada no Porto do Açu, no Norte Fluminense.
Ele afirmou ainda que fará esforços para que uma ferrovia seja construída ligando o Rio a Vitória e passando pelo porto, como estava planejado, mas que não foi adiante. Segundo Moreira, a ferrovia dependia da construção do Complexo Petroquímico do Rio (Comperj) e, com o atraso dessa obra, não foi possível fazê-la.
“Deve se fazer uma pressão o mais rápido possível para a Petrobras retomar o Comperj”, disse durante palestra no evento.
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