Morte de congolês Moïse Kabagambe gera protestos em várias capitais do Brasil neste sábado

Milhares de pessoas saíram de casa para cobrar justiça pelo crime cometido contra o jovem de 24 anos, espancado até a morte por cinco pessoas no Rio de Janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 05/02/2022 17h17 - Atualizado em 05/02/2022 17h18
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CARLOS SANTTOS/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO rj Imigrantes, ativistas e uma parcela da população do RJ protestaram pela morte brutal do congolês Moïse Kabagambe

A indignação da população brasileira com o assassinato de Moïse Kabagambe tomou as ruas do país na manhã deste sábado, 5. Em várias cidades espalhadas pelo Brasil, milhares de pessoas saíram de casa para cobrar justiça pelo crime cometido contra o congolês de 24 anos, espancado até a morte por cinco pessoas no Rio de Janeiro. Na capital fluminense, em frente ao quiosque Tropicália, onde o africano foi linchado, um grupo se concentrou com faixas pedindo punição aos responsáveis. “2022 e o racismo ainda mata” e “Vidas negras importam” foram algumas mensagens escritas nos cartazes. De lá, os imigrantes e ativistas percorreram pela orla da praia, na Barra da Tijuca. Em São Paulo, os atos ocorrem no vão do Museu de Arte Moderna de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, e contaram com o apoio de políticos, como o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o deputado federal Orlando Silva (PCdoB). Em Salvador, o protesto foi realizado no Largo do Pelourinho e contou com a presença do Olodum. Manifestações também foram registradas em Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte e São Luís.

A polícia do Rio segue atrás de testemunhas do caso para elucidá-lo completamente. Uma das pessoas já ouvidas pela polícia disse que chegou a ver as cenas de agressão em loco. Os três agressores, que já estão presos, disseram que a ação era uma espécie de “puxão de orelha”, um “corretivo”, porque Moïse estaria perturbando a ordem e praticando pequenos furtos. Mas nada disso foi comprovado até agora. Os agressores dizem também que não houve mandante para o crime e que não houve motivação racial até mesmo de gênero. Segundo eles, foi uma confusão envolvendo barraqueiros que atuam em quiosques da zona oeste do Rio de Janeiro. O Ministério Público do Trabalho está investigando a relação trabalhista de Moïse com o quiosque Biruta, na Barra da Tijuca. Segundo as primeiras indicações, poderia haver uma relação análoga ao trabalho escravo. A família de Moisés disse que ele foi até o quiosque naquela noite cobrar diárias que somavam R$ 200.

Protesto por justiça em frente ao quiosque Tropicália, onde o congolês Moïse Kabagambe foi linchado ate a morte, no bairro da Barra da Tijuca

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No Rio de Janeiro, manifestante cobra o fim do racismo e da xenofobia após a morte de congolês Moïse Kabagambe

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Manifestantes se reúnem no vão livre do MASP, na Avenida Paulista, neste sábado, 5, e pedem justiça para o caso do assassinato do refugiado congolês Moïse Kabagambe

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