Naufrágio no Amapá deixou ao menos 25 mortos; 17 já foram identificados
O naufrágio no Amapá, que aconteceu no sábado (29), já deixou ao menos 25 mortos, segundo dados divulgados pela governo do Estado e pela Defesa Civil. Ainda de acordo com as autoridades, 12 pessoas continuam desaparecidas e há 49 sobreviventes.
Entre os corpos resgatados, cerca de 17 já foram identificados. Os corpos encontrados são transportados do local do naufrágio para o município de Gurupá (PA) em lanchas e depois seguem de helicóptero para Macapá.
À Capitania, o comandante da embarcação relatou que o acidente foi causado por forte ventania que fez com a embarcação virasse e os passageiros caíssem na água. O trecho onde aconteceu o naufrágio dificulta as buscas, pois as águas são escuras e há muita correnteza.
O Amapá decretou situação de emergência na área afetada pelo naufrágio para reforçar o atendimento às vítimas e familiares. Além da medida, um sistema emergencial foi providenciado para levar água potável à região, atendendo militares, voluntários e ribeirinhos. A ação é necessária já que a água do rio na área apresenta sinais de contaminação.
Investigação
O Ministério Público Federal (MPF) instaurou investigação criminal para apurar as circunstâncias do naufrágio do Anna Karoline III. O órgão visa identificar possível prática de infrações penais, em razão de eventual descumprimento de normas básicas de segurança aquaviária, como sobrecarga e irregularidades quanto ao número e à alocação de coletes salva-vidas na embarcação.
Já o Ministério Público do Amapá (MP-AP) instituiu uma Comissão para fiscalizar a organização do transporte aquaviário na região A comissão vai acompanhar as medidas tomadas pelo poder público em relação ao resgate de sobreviventes e acolhimento das famílias, além de apurar incidentes envolvendo a área portuária, dentre elas, as causas do naufrágio do navio.
A procuradora-geral de Justiça, Ivana Cei, disse que a medida foi adotada em função de várias irregularidades envolvendo o transporte aquaviário e que não tem sido regularmente monitorado, causando a falta de confiabilidade aos passageiros, em comparação a outros modos de transporte.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
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