MP instaura inquérito para apurar danos materiais e morais gerados pela Cedae

Para o MP, houve uma falha na prestação do serviço de fornecimento de água, além de um prejuízo à população, que vem comprando água mineral para beber e cozinhar

  • Por Jovem Pan
  • 24/01/2020 15h38
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Divulgação/CEDAE O governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que suspeitava que uma sabotagem fosse responsável pelo problema

O Ministério Público do Estado de Rio (MPRJ) instaurou inquérito civil público para apurar danos materiais e morais gerados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) por conta do gosto e cheiro da água que está chegando à população desde o início do mês. Para o MP, houve uma falha na prestação do serviço de fornecimento de água, além de um prejuízo à população, que vem comprando água mineral para beber e cozinhar.

“Desta forma”, informou o MP, “foi expedido ofício à Cedae para que a companhia responda, no prazo de até três dias, e junto dos respectivos documentos comprobatórios, diversas questões: quais as causas dos problemas atuais no fornecimento de água? Quais estudos técnicos foram feitos para apurar o problema e não apontar soluções céleres? Quais medidas foram tomadas para o pronto restabelecimento da qualidade do serviço? Qual a previsão para sua normalização?” entre outras questões.

Procurada para comentar o assunto, a Cedae não se manifestou.

Desde o início de janeiro, a população fluminense reclama que a água fornecida pela Cedae está com gosto e cheiro de terra. Em alguns bairros da capital e municípios da Baixada Fluminense, o produto sai turvo das torneiras. A empresa informou que as alterações são causadas pela presença de geosmina — um composto orgânico formado por algas. A companhia diz que a água não faz mal. Mas a UFRJ afirma que há riscos à saúde da população no produto fornecido pela empresa.

No começo da semana, em meio à crise no abastecimento, o governador do Rio, Wilson Witzel, afirmou que suspeitava que uma sabotagem fosse responsável pelo problema, mas ele não deu detalhes sobre o assunto. Durante a semana, funcionários da Cedae e o presidente da companhia, Helio Cabral, prestaram depoimento à polícia, que investiga o caso.

Para resolver o problema, a companhia começou nesta quinta-feira (23) a usar uma etapa extra de filtragem da água, a base de carvão ativado.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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