Na ONU, Bolsonaro defende soberania da Amazônia e critica Cuba e Venezuela
Em discurso de abertura da 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), o presidente Jair Bolsonaro criticou as ditaduras de esquerda de Cuba e da Venezuela e o francês Emmanuel Macron. Também reafirmou o “compromisso solene” com a preservação do meio ambiente ante o que chamou de “discurso sensacionalista” de que a Amazônia está sendo devastada.
“Os ataques sensacionalistas que sofremos por grande parte da mídia internacional despertaram nosso sentimento patriótico. É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo”, disse, em um dos trechos incisivos de sua fala de 30 minutos em Nova York.
Sem citar nominalmente Macron, afirmou que “valendo-se dessas falácias, um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista”. O recado, porém, foi direto ao francês, que em entrevista à Folha de São Paulo havia dito que seu país é parte da Amazônia. “Questionaram aquilo que nos é mais sagrado, a nossa soberania”, reagiu Bolsonaro.
Ameaça do socialismo
O presidente brasileiro afirmou que o país esteve à beira do socialismo durante as gestões do PT, sob influência do Foro de São Paulo, que, reforçou: “continua vivo”. Citou o fim da parceria com o regime cubano no programa Mais Médicos e as mazelas causadas pela ditadura de Nicolás Maduro na Veneuela. “Boa parte dos venezuelanos fugiram para o Brasil por causa da fome.”
“Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção generalizada, grave recessão econômica e altas taxas de criminalidade”, disse.
Também lembrou a extradição do terrorista italiano Cesare Battisti, que havia conseguido guarida no Brasil durante o governo Lula e de outros três condenados internacionais devolvidos aos seus países recentemente.
Combate à corrupção e à criminalidade
Bolsonaro fez questão de citar nominalmente o ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, ao mencionar a atuação do ex-juiz na Operação Lava Jato e ao combate aos esquemas de corrupção desmontados no país. “Essa fonte de recursos (ilícitos) secou.”
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