Nova fase da Operação Acrônimo mira fraude em licitações da Saúde
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (15) a 8ª fase da operação Acrônimo. O objetivo desta etapa é recolher elementos que possam ajudar a esclarecer a atuação de uma organização criminosa especializada na obtenção de benefícios junto ao Governo Federal por meio de pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos.
Estão sendo cumpridos 20 mandados judiciais determinados pela 10ª Vara Federal do Distrito Federal, sendo 11 conduções coercitivas e nove mandados de busca e apreensão nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, além do Distrito Federal.
A operação está focada em dois inquéritos policiais. Um deles refere-se à cooptação e pagamento de vantagens indevidas para fraudar licitações no Ministério da Saúde, beneficiando gráfica da propriedade de um dos investigados.
O outro evento apurado é a interposição de empresa na negociação e pagamento de vantagens indevidas a agente público, para obtenção de financiamentos de projetos no exterior pelo BNDES (República Dominicana, Angola, Cuba, Panamá, Gana e México) no interesse de uma grande empreiteira do Brasil.
As ações desta quinta-feira são um desdobramento da investigação que tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O magistrado relator do caso, Ministro Herman Benjamin, determinou o encaminhamento de parte da apuração à Justiça Federal de primeira instância, por não envolver investigados com prerrogativa de foro naquela Corte.
Discriminação dos mandados por Estados:
São Paulo: uma condução coercitiva
Rio de Janeiro: cinco conduções coercitivas e quatro buscas
Minas Gerais: uma condução coercitiva e duas buscas
Distrito Federal: quatro conduções coercitivas e três buscas
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