Odebrecht financiou compra de terreno do Instituto Lula, mostra Lava Jato
Uma terceira linha de investigação motivou a prisão temporária do ex-ministro dos governos petistas Antônio Palocci: indícios de que a compra de um terreno inicialmente destinado à construção da nova sede do Instituto Lula contou com recursos ilícitos.
Uma planilha apreendida na Odebrecht mostra os repasses de proprina da empreiteira ao PT. No documentos, aparecem 12 milhões de reais sob a rubrica “Prédio (IL)”.
A Lava Jato também colheu provas de que Palocci participou de reunião com Marcelo Odebrecht e com o advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, e recebeu, por intermédio de seu assessor Branislav Kontic, documentos encaminhados via e-mail pelo presidente da Odebrecht relacionados à compra do terreno (em mensagens sob o título “Prédio Institucional”, “Prédio do Instituto” e planilha intitulada “Edificio.docx”).
Outra prova analisada se refere à minuta de contrato do terreno encontrada no sítio usado pelo ex-presidente Lula, em que constava José Carlos Bumlai como adquirente, representado por Roberto Teixeira. Em depoimento, Bumlai afirmou que se recusou a figurar como comprador do imóvel, tendo sido, de fato, identificado que a compra se deu em favor de pessoas vinculadas à Odebrecht.
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