Operação da Polícia Federal investiga esquema de corrupção na Infraero

Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão são cumpridos em cinco estados brasileiros e no Distrito Federal

  • Por Jovem Pan
  • 21/10/2020 08h50 - Atualizado em 21/10/2020 11h41
LEANDRO FERREIRA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Policial federal O esquema acontecia por meio de subavaliações das áreas que levavam a desqualificação de empresas que não participavam do esquema

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira, 21, a Operação Índia, que investiga esquema de corrupção na Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Ao todo, 19 mandados de busca e apreensão são cumpridos em cinco estados brasileiros, sendo eles: São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Paraná e Rio Grande do Norte, e no Distrito Federal. Cerca de 90 agentes participam das ações. Os envolvidos no esquema podem responder pelos crimes de associação criminosa, corrupção, violação de sigilo funcional e crimes licitatórios.

De acordo com as investigações, há suspeitas que empregados da Infraero e empresários de setores de turismo e alimentação fraudaram, entre 2016 e 2018, licitações das áreas “lounge” e quiosques de alimentação nos aeroportos de Congonhas em São Paulo e Santos Dumont no Rio de Janeiro. Os funcionários eram responsáveis por favorecer determinadas empresas nas licitações, ao mesmo tempo que desqualificavam companhias que não participavam do esquema fraudulento. O esquema acontecia por meio de subavaliações das áreas. Com as práticas ilícitas, era aprovada a contratação de propostas menos vantajosas para a Infraero em fraudes estimadas em cerca de R$ 10 milhões. Segundo informações da Polícia Federal, a investigação teve início com após procedimento apuratório interno da própria Infraero, comunicado pelo Ministério da Infraestrutura.

Em nota encaminha à Jovem Pan, a Infraero reforça que “a própria empresa iniciou as investigações preliminares decorrentes de denúncias”, afirmando que o trabalho é resultado de três ações, sendo elas: “processos disciplinares internos, processos de apuração de responsabilidade das empresas envolvidas e inquérito instaurado pela Polícia Federal”.  A empresa reafirma seu “compromisso com medidas de compliance e integridade”, apoiadas “em três pilares básicos: prevenção, detecção e resposta”, e seu pioneirismo na “aplicação da Lei Anticorrupção”.

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