Oposição articula derrubada de interino
A tentativa do presidente interino da Câmara, deputado Waldir Maranhão (PP-MA), de anular a sessão que aprovou a abertura do impeachment de Dilma Rousseffato, do qual o parlamentar recuou, no fim da noite desta segunda-feira (9), levou a oposição e aliados de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afastado pelo Supremo, a intensificar as articulações para tirar o maranhense do comando da Casa.
“A decisão mostra que colocamos um maluco como líder provisório da Câmara”, disse, pouco antes da revogação ter ocorrido, o deputado Paulo Pereira da Silva (SP), o Paulinho da Força, pouco antes da revogação ter ocorrido. “É uma decisão de uma pessoa desequilibrada, de um títere ou chicana de uma pessoa que está subserviente ao terminal governo do PT”, cravou o líder do DEM na Câmara, Pauderney Avelino (AM).
Com a resistência de Cunha em renunciar ao cargo, a opção mais rápida, operada principalmente pela oposição, é declarar a vacância do posto de presidente da Câmara. Com apoio de técnicos legislativos, opositores planejam apresentar um recurso ao plenário da Casa pedindo a confirmação de que o cargo não está ocupado.
A ideia é que o recurso seja apresentado no plenário da Casa, que o remeteria à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Caberia então ao colegiado analisar o pedido e decidir pela vacância, o que provocaria a realização de novas eleições para presidente em até cinco sessões plenárias.
Em outra linha, membros da base cunhista decidiram usar o ato de Maranhão como argumento para aumentar a pressão sobre o peemedebista para que ele renuncie à presidência. A renúncia também provocaria novas eleições em até cinco sessões. O ex-presidente, porém, tem reiterado em entrevistas que não pretende renunciar.
A estratégia da oposição e de lideranças próximas do parlamentar carioca também prevê focar em tutelar atos de Maranhão e até mesmo força-lo a deixar a cadeira da presidência.
Expulsão
Outra possibilidade para tentar tirar o chefe interino do comando da Câmara é a sua expulsão do PP. Na segunda-feira (9), os deputados Júlio Lopes (RJ) e Jerônimo Goergen (RS) protocolaram representações pedindo a expulsão dele e dos outros seis deputados que votaram contra o impeachment, desrespeitando fechamento de questão da sigla a favor do impedimento.
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