Paciente de Covid-19 e com suspeita de mucormicose morre em Campo Grande
A Secretaria de Estado de Saúde recebeu a notificação de provável caso de infecção pelo chamado Fungo Negro na última segunda-feira; idoso foi internado no dia 18 de maio com diagnóstico de coronavírus
O idoso de 71 anos que estava internado desde o dia 18 de maio por complicações da Covid-19, em Campo Grande (MS), morreu nesta quarta-feira, 2. Segundo o governo do Estado, o paciente sofria de Diabetes e Hipertensão Arterial Sistêmica e havia sido imunizado contra o coronavírus em março. A suspeita de mucormicose, também conhecida como Fungo Negro, foi levantada no dia 28 de maio e a Secretaria de Estado de Saúde recebeu a notificação do provável caso da doença na última segunda-feira, 31. Procurada pela Jovem Pan, a assessoria de comunicação do órgão não soube informar se a suspeita foi confirmada. Ainda segundo nota do governo do Estado, as pessoas podem contrair a doença ao entrar em contato com os fungos no ambiente. “Essas formas de mucormicose geralmente ocorrem em pessoas que têm comorbidades ou utilizam medicamentos que diminuem a capacidade do corpo de combater algumas doenças”.
Entre os sintomas da doença está dor orbital unilateral ou facial súbita, podendo conter obstrução nasal e secreção nasal necrótica, com complicações que podem levar o paciente ao coma e à morte. O tratamento envolve remover cirurgicamente todos os tecidos mortos e infectados. Em alguns pacientes, isso pode resultar em perda da mandíbula superior ou, às vezes, até mesmo do olho. O tratamento pode levar de quatro a seis semanas de terapia antifúngica intravenosa. Como afeta várias partes do corpo, a assistência médica envolve equipe de microbiologistas, especialistas em medicina interna, neurologistas intensivistas, oftalmologistas, dentistas, cirurgiões e outros. Nesta quarta-feira, 2, o primeiro caso de Fungo Negro no Amazonas foi confirmado. O homem de 56 anos tinha Diabetes, chegou a ser internado no dia 12 de abril e faleceu quatro dias depois. O paciente não teve diagnóstico confirmado para o coronavírus. A infecção rara tem taxa de mortalidade de 50%.
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