Fiocruz reduz para 100 milhões de doses a previsão de entrega da vacina de Oxford

Do total, 50 milhões serão produzidos com IFA importado; outra metade será feira com insumo nacional

  • Por Jovem Pan
  • 03/06/2021 11h00 - Atualizado em 03/06/2021 12h54
EFE/EPA/JUNG YEON-JE / Archivo Vacina de Oxford/AstraZeneca Segundo a Fiocruz, caberá ao PNI buscar alternativas para compensar essa perda de 10 milhões

A Fiocruz reduziu a estimativa de entrega de vacinas contra a Covid-19 para o segundo semestre em 10 milhões de doses. A nova estimativa divulgada prevê a entrega na segunda metade do ano ao Plano Nacional de Imunização de 100 milhões de doses. A projeção anterior era de 110 milhões de vacinas. A expectativa atual aponta que dessas 100 milhões de unidades, 50 milhões serão com IFA importado. A outra metade será com ingrediente farmacêutico nacional. Antes, a perspectiva era de que todas as 100 milhões fossem confeccionadas por aqui. A acordo de transferência de tecnologia entre AstraZeneca e o Brasil foi celebrado nesta semana.

A Fiocruz já começou a receber bancos de célula e vírus que serão utilizadas na produção nacional. As negociações do acordo de transferência de tecnologia começaram em agosto do ano passado. Segundo a Fiocruz, caberá ao PNI buscar alternativas para compensar essa perda de 10 milhões. Bio-manguinhos promete tentar aumentar o ganho de produtividade para minimizar essa perda. O diretor de lá, Mauricio Zuma, revelou que ate agora a AstraZeneca e a Fiocruz não assinaram o contrato de fornecimento deste IFA que será utilizado para produzir 50 milhões de doses na segunda metade do ano. “A AstraZeneca garantiu que vai ter, só não conseguiu dar cronograma definitivo. Mas garantiu que vai ter. A gente vai ter um contrato e tem a garantia deles. O mundo inteiro está passando por esse problema. Eu acredito que não teremos problemas.”

A Fiocruz completa nesta semana a marca de 50 milhões de vacinas contra a Covid-19 entregues ao PNI. Tem, em estoque, IFA suficiente para distribuir 5 milhões de vacinas por semana, sem interrupção, ao governo federal, pelos próximos dois meses. A produção com o IFA nacional já começa neste mês. Mas as entregas comerciais devem demorar — só serão viabilizadas após aval, certificação e autorização da Anvisa. Isso deve acontecer só em outubro. A expectativa é que haja hiato nas entregas entre agosto e setembro. A capacidade de produção mensal com o IFA nacional atingirá 150 milhões de doses por mês a partir de outubro.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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