Paes diz que Carnaval do Rio não terá regras para distanciamento social: ‘Eu seria o 1º a desrespeitar’
Prefeito também comentou que passaporte de vacinação não será eterno e que prefeitura buscará ativamente idosos que ainda não se vacinaram
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que o Carnaval de 2022 da cidade não terá regras de distanciamento social ou redução do público neste domingo, 3, durante agenda pública no bairro do Méier, zona Norte da cidade. Paes foi taxativo e demonstrou confiança que a vacinação permitirá que a festa ocorra normalmente. “A única certeza que a gente tem certeza é que estamos vacinando todo mundo, e com todo mundo vacinado, a vida volta ao normal. Quem vai ficar fazendo distanciamento no Carnaval? Fica até ridículo, pedindo um metro de distância. Se tivesse, eu seria o primeiro a desrespeitar. Não vamos ficar também viúvas da pandemia, querendo que se tenha pandemia o resto da vida. A ciência avançou, venceu, e permitiu que se abra. Então vamos abrir, graças a Deus”, declarou o mandatário carioca.
O Carnaval está programado para ocorrer em fevereiro e foi tema de debate entre o secretário de saúde municipal, Daniel Soranz, e o presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro, em audiência pública realizada na Câmara de Vereadores do Rio nesta sexta. Soranz foi cauteloso ao afirmar que a intenção é que os festejos ocorram, mas é necessário avaliar antes se a cidade estará com baixas taxas de contágio, em um cenário favorável na pandemia. Perlingeiro afirmou que, caso haja necessidade de público reduzido na Sapucaí para os desfiles, preferiria que o evento fosse adiado.
Paes comentou outras questões relativas à pandemia enquanto participava da reinauguração de uma praça no Méier. O prefeito disse que o passaporte da vacinação deixará de ser exigido no futuro e que a prefeitura carioca buscará ativamente os idosos que ainda não receberam a primeira dose. “Pelo o que estou vendo, as pessoas estão muito colaborativas. Ações agora são para abrir, voltar ao normal. Minha filha mesma foi numa festa sexta, grande, e teve que fazer teste antes. E as pessoas estão respeitando, fazem felizes porque sabem que é para a saúde dos outros. Mais um tempo e a gente para de exigir”, destacou, sobre o passaporte. E completou: “A gente vai chegar numa fase agora de busca ativa. Vai ter que procurar esses idosos, ir atrás, trazer para os postos. Estamos chegando num ponto de massificação de vacina e vai agora para o detalhe, olhar para a ajeitada final. Busca ativa é o mais importante no momento. O Daniel [Soranz] falou outro dia de [montar postos de vacinação em] BRT, metrô, drive-thru. Temos que tomar um conjunto de iniciativas”, disse.
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