País estuda possibilidade de 3ª dose da vacina contra Covid-19, diz Queiroga
Ministro da Saúde também comentou polêmica de entregas de vacinas a São Paulo e disse que governo federal distribuirá 120 milhões de doses nos próximos dois meses
Em conversa com a imprensa em Brasília ao lado do secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou que o país analisa a possibilidade de uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. “Estamos estudando o tema, né? Já anunciei que vamos fazer uma pesquisa para orientar melhor qual vai ser a decisão dos gestores públicos e essa pesquisa naturalmente será adicionada a outras que inclusive já existem e aí tomaremos a melhor decisão”, pontuou o médico. O representante da Saúde de SP, por sua vez, disse que o Estado só deverá discutir uma nova fase de imunização após vacinar todos com a primeira dose. “São Paulo tem como objetivo, assim como o país, de terminar o nosso primeiro processo, a primeira fase de vacinação, que é imunizar toda a população. Baseado em estudos, estratégias que vêm sendo tomadas, podemos planejar qual será o melhor processo de imunização a ser realizado no próximo ano, mas tomando em consideração outros vírus respiratórios, como o próprio vírus da gripe, observando o que vem acontecendo em vários países, com a realização de reforços de doses, muito possivelmente no ano que vem, São paulo, assim como o próprio país, discutam a possibilidade de um planejamento de novas doses”, afirmou.
O encontro presencial da dupla foi mais um capítulo da troca de acusações entre a unidade federativa mais populosa do Brasil e o governo federal, iniciada após o governador João Doria afirmar que apenas metade das vacinas da Pfizer foram enviadas ao país na última entrega do Plano Nacional de Imunização. Segundo Queiroga, dados do Ministério e da Secretaria serão cruzados pelas equipes técnicas para identificar se doses a menos foram entregues ou se doses a mais foram recolhidas pelo Estado sudestino na última pauta de vacinação. Apesar das declarações polêmicas por parte de João Doria e de secretários executivos da Saúde, Queiroga disse que a imunização de todo o país está estabilizada e minimizou o ocorrido. “O que está se discutindo aqui são milhares de doses que podem facilmente serem compensadas nas próximas pautas. Estou muito tranquilo porque a gente tem 120 milhões de doses nos próximos dois meses”, afirmou. Ele ainda brincou, afirmando que ambos estavam “vacinados contra a intriga”.
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