Para Aziz, Dilma poderia ter “dado mais de 100 pedaladas” se situação fosse outra
Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o senador Omar Aziz (PSD-AM) afirmou que, se não fossem as condições do País, Dilma poderia ter cometido “mais de 100 pedaladas”, que o impeachment não seria discutido.
“A nossa preocupação é que Michel Temer não cometa os mesmos erros que Dilma cometeu. Dilma não está saindo do cargo porque cometeu pedaladas. Ela poderia ter cometido mais de 100 pedaladas. Se a economia estivesse bem, ninguém estaria discutindo isso”, declarou.
Líder do PSD no Senado, Aziz comparou a condição econômica atual com a de anos anteriores e disse que hoje a “população se acostumou ao consumo, a ter uma renda, a trocar de carro todo ano”. O senador afirmou ainda que a presidente Dilma poderia ter pedido ajuda e que “insistiu na tese de que o Brasil estava bem”: “ela criou uma perspectiva errada. Não a chamo de desonesta, mas ela enganou e mentiu”. Para ele, Dilma sai da Presidência da República “pelo conjunto da obra”.
Questionado sobre a participação do PSD no Governo Temer, Aziz garantiu contribuição e negou intenção de assumir ministério. “Nossa participação seria para contribuir e não para arranjar emprego para ninguém. Se for para arranjar cargos para alguém não devemos participar”.
O que acontece se impeachment avançar
Caso o processo de impeachment seja aceito em plenário, o Senado Federal brasileiro terá cinco meses para julgar a presidente afastada Dilma Rousseff. As sessões de julgamento serão presididas excepcionalmente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.
O julgamento final virá novamente dos votos dos senadores. Se dois terços dos parlamentares (54 senadores) entenderem que Dilma é culpada por crime de responsabilidade, a petista é afastada definitivamente da Presidência e Michel Temer conclui seu mandato até 31 de dezembro de 2018. Se absolvida, Dilma Rousseff retoma a cadeira presidencial imediatamente.
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