Para Meirelles, eleição não ameaça reformas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 17/03/2017 09h32
WAS10. WASHINGTON DC (EE.UU), 07/10/2016.- El Ministro de Hacienda de Brasil, Henrique Meirelles, habla hoy, viernes 7 de octubre de 2016, en una rueda de prensa en el Ronald Reagan Trade Center en Washington (EE.UU.), en el marco de las reuniones anuales del Fondo Monetario Internacional y el Banco Mundial. El Ministro Meirelles dijo que la economía de su país esta registrando un impulso de confianza con las reformas anunciadas en el congreso con el fin de dejar atrás la aguda recesión. EFE/LENIN NOLLY. EFE/LENIN NOLLY Henrique Meirelles - EFE

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira (16), não acreditar que a disputa eleitoral de 2018 será uma ameaça para as reformas que o governo do presidente Michel Temer quer aprovar ainda neste ano – da Previdência, trabalhista, tributária e na área da educação.

“A maioria dos (possíveis) candidatos é de centro ou de centro-direita e eles são favoráveis às reformas”, afirmou Meirelles, ao ser questionado sobre o tema durante a Conferência do Instituto Internacional de Finanças (IIF) sobre o G-20, em Frankfurt, na Alemanha.

Doria

Ao falar sobre os candidatos que aparecem mais bem posicionados nas pesquisas de intenção de voto, o ministro da Fazenda citou o nome do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB). “Ele está subindo muito forte”, disse. Meirelles também mencionou a eventual candidatura de um “militar controverso” na corrida presidencial de 2018, referindo-se ao deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ).

O nome do próprio titular da Fazenda, filiado ao PSD e considerado o “pai do ajuste fiscal” proposto pelo governo, também aparece entre os possíveis candidatos na disputa à Presidência da República.

O ministro falou ainda sobre uma possível candidatura ao Palácio do Planalto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018. “Claro que o PT do Lula fala contra a reforma. Ele (Lula) falou em São Paulo ontem (anteontem); foi uma das coisas que ele falou”, disse Meirelles.

“Moderado”

O ministro, no entanto, avaliou que, mesmo na hipótese de o petista vencer o pleito em 2018, dificilmente haverá impacto na reforma da Previdência, por exemplo. Isso porque o ex-presidente, de acordo com Meirelles, tem um histórico de “moderação”. O atual ministro de Temer foi presidente do Banco Central durante o mandato de Lula como presidente, de 2003 a 2010.

Na quarta-feira, durante manifestação em São Paulo organizada por centrais sindicais contra reformas do governo Temer, Lula disse que tentam “enfiar goela abaixo do povo uma reforma que vai impedir a aposentadoria de milhões”. “É preciso parar com essa bobagem de cortar. É preciso parar com essa bobagem de vender as nossas empresas estatais”, afirmou.

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