Perícia diz que bebida alcoólica ingerida por moradores de rua em Barueri tinha cocaína

  • Por Jovem Pan
  • 22/11/2019 18h05 - Atualizado em 22/11/2019 18h35
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Reprodução/Google No sábado, por volta das 8h30, oito pessoas deram entrada no Pronto-Socorro Central de Barueri com indícios de envenenamento

A Polícia Técnico Científica informou nesta sexta-feira (22) que, segundo apontou a perícia, a bebida alcoólica que matou quatro pessoas em Barueri, interior de São Paulo, no último sábado (16), estava misturada com cocaína. A informação é do portal G1.

“Com relação a análise da bebida, o IC nos disse que foram encontradas doses cavalares de cocaína, além do álcool etílico, não é álcool de limpeza, que teria em tese etanol, o que não foi detectado na análise”, disse o delegado Anderson Giampaoli, titular da Delegacia de Barueri.

No sábado, por volta das 8h30, oito pessoas deram entrada no Pronto-Socorro Central de Barueri com indícios de envenenamento. Edson Sampaio, de 40 anos, Luiz Pereira da Silva, de 49, Marlon Alves Gonçalves, de 39 e Denis da Silva, cuja idade não foi divulgada, morreram. Outras cinco pessoas ficaram internadas, mas receberam alta.

De acordo com o delegado, foi encontrado 51 mg [de cocaína] por mililitro de álcool. “É mortal, porque a literatura médica afirma que um ser humano comum, adulto, que não seja viciado, a dose letal seria de 1,2 g. Se dividirmos o que sobrou da bebida e calculando o que foi ingerido daria 1,5 g de cocaína. O álcool potencializa o efeito”, explicou.

Giampaoli disse, ainda, que a polícia continua investigando e que nenhuma hipótese está descartada. “Podemos estar diante da possibilidade de alguém ter colocado cocaína na bebida, ou estarmos diante de uma cocaína líquida ou alguém ter perdido a droga”, afirmou.

O Instituto Médico Legal (IML) vai informar a causa das mortes.

Suspeito

Um dos sobreviventes, o paciente Vinicius de Salles Cardoso, de 31 anos, recebeu alta médica na terça (19) e teve a prisão temporária por 30 dias decretada pela Justiça. Segundo a polícia, em duas versões distintas, Cardoso, que já está preso, apresentou incoerências na forma como ele conseguiu a garrafa com o líquido que foi entregue a um grupo e acabou com a morte de quatro pessoas.

Na primeira versão, ele disse que uma garrafa com bebida alcoólica lhe foi oferecida por desconhecidos, na região da cracolândia, no centro da capital paulista. Na segunda, ele afirmou que encontrou a garrafa em uma rua de Barueri.

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