Pesquisa indica queda da ocupação de leitos de UTI em SP; atendimentos de urgência crescem

De acordo com estudo do Sindicato dos Hospitais, 11% dos hospitais privados do Estado tem ocupação acima de 80%

  • Por Jovem Pan
  • 10/02/2022 19h33
Sandro Pereira/Estadão Conteúdo Médicos com pessoas isoladas em UTIs Leitos de UTI ocupados por pacientes com Covid-19

Uma pesquisa realizada pelo Sindicatos dos Hospitais (SindHosp) de São Paulo e divulgada nesta quinta, 10, indicou que o ocupação de leitos de UTI por pacientes com Covid-19 caiu na maioria dos estabelecimentos privados de saúde do Estado na última semana, enquanto os atendimentos de urgência cresceram. De acordo com a pesquisa, realizada entre os dias 1 e 9 de fevereiro, 11% dos hospitais informaram que tem ocupação de UTI acima de 80%, em nível crítico, enquanto na pesquisa anterior, realizada entre 12 e 19 de janeiro, eram 39% dos hospitais nesta situação. Agora, 27,78% dos hospitais dizem estar com ocupação de UTI entre 60 e 80%, em nível de alerta. Entre os internados em UTIs, 76% tem entre 60 e 79 anos, assim como 41% dos que estão em leitos clínicos. A pesquisa ouviu 72 hospitais, que têm capacidade para 8.972 leitos.

Por outro lado, os atendimentos de urgência cresceram. O atendimento emergencial cresceu até 20% em metade dos hospitais e entre 21% e 40% em 34% dos estabelecimentos que responderam a pesquisa. Com o aumento na procura, a demora pelo atendimento ficou acima de uma hora em 51% dos hospitais e entre duas e três horas em 32% dos serviços de saúde. Para o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a queda nas internações em UTI e a procura pelos prontos-socorros podem indicar que as contaminações por Covid-19 tem ocorrido de forma mais leve por causa da vacinação. Contudo, os hospitais ainda têm que lidar com problemas como parte dos funcionários afastados por terem sido infectados e a necessidade de cancelar cirurgias eletivas.

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