Pesquisadores descobrem nova variação do coronavírus no Rio de Janeiro
Variação está parcialmente restrita à capital fluminense, mas possui potencial de se espalhar rapidamente; novas análises precisam ser feitas para atestar se mutação é mais agressiva
Uma nova variação do coronavírus foi descoberta no Rio de Janeiro por pesquisadores do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Segundo o estudo divulgado nesta terça-feira, 22, a nova mutação surgiu em julho e foi detectada pela primeira vez em outubro. Os resultados das pesquisas indicam que a nova mutação do causador da Covid-19 está restrita à capital fluminense, mas, assim como outras mutações do vírus, possui potencial para se espalhar rapidamente para outras regiões. O estudo aponta que a nova mutação pode ter ligação ao aumento de casos no estado, mas os pesquisadores ressaltam que serão necessárias novas análises para descobrir se o novo tipo possui maior potencial de transmissão, qual a resposta imunológica e se ele é mais agressivo do que as variações já conhecidas. A pesquisa foi realizada entre abril e novembro, com 180 participantes de 19 municípios do Rio.
Autoridades do Reino Unido informaram a descoberta de uma nova cepa do coronavírus com potencial 70% maior de infecção do que os tipos analisados até então. A medida levou o governo britânico a reforçar as medidas de isolamento social, enquanto diversos países em todo o mundo anunciaram restrições aos voos originários do Reino Unido. A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse que não existem evidências de que a nova variação do coronavírus cause uma infecção mais grave ou afete a eficácia das vacinas já desenvolvidas. Nesta segunda, 21, cientistas da África do Sul também anunciaram a descoberta de nova mutação do vírus causador da Covid-19. Segundo autoridades locais, o novo tipo pode estar relacionado ao avanço da segunda onda de infecções no país.
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