Pesquisadores da Vital Brazil e da UFRJ estudam soro para tratar a Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 25/05/2020 08h46 - Atualizado em 25/05/2020 08h47
EFE/EPA/Tamas Soki HUNGARY OUT Caso os resultados sejam positivos, em quatro meses o soro poderá ser testado em humanos

Pesquisadores do Instituto Vital Brazil e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) estudam um soro hiperimune que pode tratar a Covid-19. O medicamento é do mesmo tipo daqueles usados contra a raiva e contra picada de animais peçonhentos.

O soro é feito a partir do plasma sanguíneo de cavalos. No caso dos soros antiveneno, o sangue equino produz agentes de defesa contra a toxina inoculada no corpo. A partir desse plasma com anticorpos, é criado o soro. O mesmo processo é usado no soro contra a raiva, que ao ser aplicado em pessoas que tiveram contato com vírus impede que o agente viral se manifeste.

No estudo contra o novo coronavírus, a UFRJ isolará e inativará o vírus, para que ele possa começar a ser inoculado em cavalos do Instituto Vital Brazil. O teste começa na próxima quarta-feira (27).

“Já vimos em muitas pesquisas realizadas pelo mundo em que o tratamento a partir do plasma de pessoas curadas da covid-19 teve efeito positivo no tratamento de infectados em estado grave. A ideia é fazer um experimento agora a partir do plasma de cavalos, para que possa ser produzido em grande escala”, afirma o presidente do instituto, Adilson Stolet.

Caso os resultados sejam positivos, em quatro meses o soro poderá ser testado em humanos. Em seis meses, seria possível iniciar a produção em grande escala, com possibilidade de até 100 mil tratamentos por ano.

Outra pesquisa do Vital estuda anticorpos e DNA de lhamas. Com os dois estudos, é possível apostar no processo que der resultados mais rápidos.

*Com informações da Agência Brasil

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