PF faz operação contra empresa alvo da CPI por suspeita de lavagem de dinheiro

Ações contra a Global Gestão em Saúde acontecem na Grande São Paulo e na cidade de Passos, em Minas Gerais; ao todo, 50 agentes da PF e da Receita Federal cumprem oito mandados de busca e apreensão

  • Por Jovem Pan
  • 30/09/2021 08h50 - Atualizado em 30/09/2021 10h50
JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO - 2906/2021 Agentes da Polícia Federal cumprem mandados As ordens judiciais  para as ações desta quinta-feira foram expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo

A Polícia Federal cumpre nesta quinta-feira, 30, oito mandados de busca e apreensão em endereços ligados  à empresa Global Gestão em Saúde, que também é alvo da CPI da Covid-19. As ações em conjunto com a Receita Federal e o Ministério Público Federal acontecem na Grande São Paulo e na cidade de Passos, em Minas Gerais. O objetivo é obter provas adicionais sobre a existência de um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção para contratação de empresas pertencentes aos investigados. Segundo a PF, o grupo teria simulado operações comerciais e financeiras para receber “dinheiro de empresas que atuam na área de medicamentos para empresas de fachada”. “O intuito dessas operações fictícias era gerar dinheiro em espécie, utilizado como propina a agentes políticos como pagamento em troca de favorecimento na contratação das empresas por estatais”, diz a corporação em nota. Assim, a participação de executivos, funcionários e sócios das companhias envolvidas nas operações falsas também é investigada.

A Global Gestão em Saúde pertence a Francisco Emerson Maximiano, também dono da Precisa Medicamentos, empresa também alvo da CPI da Covid-19 por supostas irregularidades em contratos para venda da vacina Covaxin. Em 17 de setembro, a Precisa foi alvo de uma operação da Polícia Federal a pedido da Comissão Parlamentar de Inquérito. As ordens judiciais  para as ações desta quinta-feira foram expedidas pela 2ª Vara Criminal Federal de São Paulo. Ao todo, 50 policiais federais e servidores da Receita cumprem a Operação Acurácia, que representa a 14ª fase da Operação Descarte. De acordo com a Polícia Federal, os envolvidos nas operações falsas envolvendo a Global Saúde podem responder por crimes de associação criminosa, corrupção ativa e passiva, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e operação de instituição financeira sem autorização.

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