Polícia Federal faz operação contra a Precisa Medicamentos após pedido da CPI da Covid-19

Ação foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal; mandados estão sendo cumpridos em Barueri e Itapevi, cidades da Grande São Paulo

  • Por Jovem Pan
  • 17/09/2021 07h43 - Atualizado em 17/09/2021 10h47
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JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO - 2906/2021 Agentes da Polícia Federal cumprem mandados Operação da Polícia Federal acontece em endereços em Barueri e Itapevi, ambas cidades da Grande São Paulo

A Polícia Federal cumpre na manhã desta sexta-feira, 17, mandado de busca e apreensão na sede da Precisa Medicamentos a pedido da CPI da Covid-19. A ação foi autorizada pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como objetivo “apreensão de informações relativas ao contrato entre a Precisa e a Bharat Biotech, assim como todos os documentos relacionados ao contrato”, diz nota da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). “A CPI buscou de todas as formas obtenção dessas informações junto à Empresa e ao Ministério da Saúde, não obtendo êxito. Devido a isso, se fez necessária a utilização deste instrumento judicial”, conclui o documento, assinado pelos senadores Omar Aziz, Renan Calheiros e Randolfe Rodrigues.

A operação da Polícia Federal acontece em endereços em Barueri e Itapevi, ambas cidades da Grande São Paulo. Os agentes chegaram por volta das 6h nos locais descaracterizados, vestindo roupas e usando caros sem referência à PF, que pediu sigilo total para que os documentos sejam retirados com segurança dos locais. Os policiais estão em busca de um documento que comprove que um membro do governo federal atuou em favorecimento da compra da Covaxin. A ação da Polícia Federal ainda acontece na Grande São Paulo e não tem previsão para ser encerrada.

A Precisa Medicamentos entrou no radar da Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal após suspeitas de irregularidades e sobrepreço no acordo para fornecimento de 20 milhões de doses da Covaxin, vacina contra a Covid-19. Na época, a empresa atuava como intermediária do laboratório indiano Bharat Biotech para negociações no imunizante no Brasil. Em nota, assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso, a empresa disse que é “inadmissível, num estado que se diz democrático de direito, uma operação como essa de hoje. A empresa entregou todos os documentos à CPI, além de três representantes da empresa terem prestado depoimento à comissão.”

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