PF investiga propina no metrô do Rio em novo desdobramento da Lava Jato
Heitor Lopes de Sousa Junior e Luiz Carlos Velloso, alvos da nova fase da operação Lava Jato no Rio deflagrada na manhã desta terça-feira, 14, foram presos. A ação mira em pagamento de propina sobre contratos da linha 4 do Metrô.
A nova etapa da ação da PF foi aberta por ordem do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio e com base no acordo de leniência da Carioca Engenharia. A investigação apura R$ 5,4 milhões em propinas e 31 transferências para empresas de Heitor Lopes.
Segundo o site do Governo do Rio, Luiz Carlos Velloso é, atualmente, subsecretário de Turismo do Estado. Já Heitor Lopes de Sousa Junior é diretor de Engenharia da Companhia de Transportes sobre Trilhos do Estado do Rio de Janeiro, a Riotrilhos. Luiz Carlos Velloso foi subsecretário de Transportes no Governo Sérgio Cabral (PMDB – 2007/2014).
Cabral
O ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) foi preso em 17 de novembro do ano passado na Operação Calicute, braço da Lava Jato no Rio. Na ocasião, o peemedebista foi alvo de dois mandados de prisão, um da 13ª Vara Federal de Curitiba e outro da 7ª Vara Federal do Rio.
A força-tarefa da Lava Jato, no Rio, na época, investigava corrupção na contratação de diversas obras conduzidas no governo do peemedebista, entre elas, a reforma do Maracanã para receber a Copa do Mundo de futebol de 2014, o PAC Favelas e o Arco Metropolitano, financiadas ou custeadas com recursos federais.
A investigação da força-tarefa do Ministério Público Federal, no Paraná, apurou pagamento de vantagens indevidas a Sérgio Cabral, em decorrência do contrato celebrado entre a Andrade Gutierrez e a Petrobras, sobre as obras de terraplenagem no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Deste novembro do ano passado, Sérgio Cabral foi alvo de seis denúncias: cinco do Ministério Público do Rio e uma da Procuradoria da República, no Paraná.
Maracanã
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou nesta segunda-feira que ajuizou ação civil pública pedindo o ressarcimento ao Estado de cerca de R$ 200 milhões pelo superfaturamento nas obras do estádio do Maracanã. A ação também pede a indisponibilidade de bens dos acusados e que eles respondam por improbidade administrativa. Veja mais detalhes AQUI.
Pezão
O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, o primeiro delator da Operação Lava Jato, confirmou em depoimento nesta sexta-feira, a presença do hoje governador do Rio Luiz Fernando Pezão (PMDB) em reunião no Palácio Guanabara, em 2010. Na ocasião, segundo o delator, o então chefe do Executivo fluminense Sérgio Cabral, também do PMDB, pediu “apoio financeiro para a campanha dele”. Veja mais detalhes AQUI.
Opinião Villa
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