Polícia Federal ouve ex-ministro do GSI, e Cappelli promete ‘faxina’ no órgão
Comparecimento do ex-ministro à Superintendência da Polícia Federal em Brasília estava previsto inicialmente para segunda-feira, mas foi antecipado por ordem do ministro Alexandre de Moraes
A Polícia Federal ouviu na manhã desta sexta-feira, 21, o general da reserva Gonçalves Dias, ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), sobre as imagens do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro, divulgadas na última quarta-feira, 19. Nos vídeos, aos quais a Jovem Pan também teve acesso, o militar parece transitando entre os manifestantes no terceiro andar do edifício no momento em que o prédio público era depredado e objetos de valor destruídos. O comparecimento do ex-ministro à Superintendência da Polícia Federal em Brasília estava previsto para a segunda-feira 24, mas foi antecipado por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O depoimento de Gonçalves Dias à PF durou cerca de 4,5 horas. O comandante usou acesso aos fundos do prédio da corporação, em Brasília, e não conversou com jornalistas. Ele estava acompanhando de seu advogado.
Como a Jovem Pan mostrou, o general Gonçalves Dias pediu demissão após a exposição das imagens. Para ocupar o cargo interinamente, o governo anunciou o nome de Ricardo Cappelli, até então o número dois do ministro da Justiça, Flávio Dino, e que exerceu a função de interventor na segurança pública do Distrito Federal após os atos de 8 de Janeiro. Em post publicado nas redes sociais nesta sexta-feira, 21, Cappelli informou que irá seguir ao longo do dia com reuniões no GSI, dando continuidade no trabalho encomendado a ele pelo presidente Lula para que identifique os militares do GSI que possam ter envolvimento com os atos de 8 de janeiro e acelerar a sindicância interna em curso. Conforme antecipado pelo colunista Claudio Dantas ontem à noite, Lula convidou o general da reserva Marco Antonio Amaro dos Santos para assumir o GSI após o trabalho de Cappelli. O militar, que é crítico à divisão da segurança presidencial com a Polícia Federal, ainda não respondeu.
Com informações do repórter Bruno Pinheiro.
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