PF prende advogados e agentes envolvidos em caso da irmã de Aécio
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (5) a Operação Escobar para combater um esquema de corrupção ativa, corrupção passiva, organização criminosa, obstrução de justiça e violação de sigilo funcional, em Minas Gerais. A investigação cita Andrea Neves, irmã do deputado Aécio Neves (PSDB-MG), como suposta beneficiária de informações privilegiadas cedidas por agentes da corporação a advogados.
Foram presos quatro investigados e cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos escritórios dos advogados Ildeu da Cunha Pereira e Carlos Alberto Arges Júnior. Foi apreendido ainda o celular de Sanzio Baioneta Nogueira, defensor de Andrea Neves.
A Escobar é desdobramento da Operação Capitu, apuração sobre suposto esquema de corrupção no Ministério da Agricultura no governo de Dilma Rousseff. Em novembro de 2018, a Capitu apreendeu documentos na residência de Andrea, em Belo Horizonte.
“Feitos os levantamentos e inúmeras diligências, foi possível constatar que advogados teriam cooptado servidores desta instituição, no intuito de obter, de forma ilegal, acesso a informações sigilosas ligadas a investigações em andamento nesta Superintendência”, informou a Polícia Federal.
Segundo a investigação, os advogados com “acesso privilegiado às informações usavam tal artifício para oferecer a seus clientes facilidades ilegais”.
Na avaliação dos federais, “tal atitude não só prejudica investigações como coloca em risco a segurança dos policiais envolvidos nos trabalhos”.
*Com Estadão Conteúdo
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