Pirelli nega que vai participar de leilão do Autódromo de Interlagos

  • Por Estadão Conteúdo
  • 13/10/2017 16h52 - Atualizado em 13/10/2017 16h55
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José Cordeiro/SPTuris José Cordeiro/SPTuris Doria afirma que a privatização do Autódromo de Interlagos pode ser classificada como "blue chip" no pregão da Bolsa de Valores

A multinacional Pirelli publicou uma nota nesta sexta-feira, 13, negando interesse em participar do leilão de privatização do Autódromo de Interlagos. Em Milão, o prefeito de São Paulo João Doria havia dito que a empresa seria uma das participantes da concorrência. O assunto foi tratado em um café da manhã entre o prefeito e o presidente mundial da multinacional Marco Tronchetti Provera.

Em nota, a Pirelli informou que Provera e Doria tiveram uma reunião “muito produtiva” na manhã desta sexta. Sobre a privatização do autódromo, a empresa disse que apoia a administração municipal na busca de investidores.

“Sobre o projeto da venda do Autódromo de Interlagos para a iniciativa privada, a Pirelli aprecia a iniciativa do prefeito e o apoiará em seus esforços para encontrar investidores, ainda que a empresa não contemple em sua estratégia um envolvimento direto nessa questão, no momento”, afirmou em nota a Pirelli.

Segundo Doria, ficou claro o entendimento de que o presidente da Pirelli tem interesse em ajuda-los a motivar os investidores chineses (donos de 30% do negócio) a entrar no leilão. O tucano disse nunca ter afirmado que a entrada da Pirelli no pregão estava certa.

O prefeito havia afirmado a jornalistas na cidade italiana que a multinacional era uma das interessadas no leilão. “A Pirelli é uma das interessadas na privatização do Autódromo de Interlagos. Vamos ter muito em breve o leilão, que será feito na Bolsa de Valores”, disse ele nesta quinta, antes de participar de um jantar com o empresário do Lide, grupo empresarial fundado por ele.

Ainda segundo Doria, “vários grupos e consórcios”, além da Pirelli, estariam interessados na privatização do autódromo, que foi classificada por ele como a “blue chip” (jargão do mercado de ações para definir um papel que traz bom rendimentos e é seguro por estar atrelado a uma empresa reconhecida) do pacote de desestatização da cidade que ele vem tentando vender no exterior.

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