Planalto já informou que vai propor mudanças na Lei da Repatriação, diz Maia
Rodrigo Maia foi eleito presidente da Câmara
Rodrigo MaiaO Palácio do Planalto já informou ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que deve propor em breve mudanças na Lei da Repatriação de recursos enviados ilegalmente ao exterior. Segundo Maia, o governo ainda não detalhou o mérito das possíveis alterações, que terão de ser propostas por meio de projeto de Lei.
A Lei da Repatriação foi aprovada no fim do ano passado e sancionada em janeiro deste ano pela presidente afastada Dilma Rousseff. A legislação dá anistia tributária e penal a alguns contribuintes que cometeram crimes de evasão fiscal e lavagem de dinheiro, em troca de pagamento de 30% de Imposto de Renda e multa.
O presidente da Câmara diz que, quando as mudanças forem propostas, discutirá o tema com os líderes partidários. No entanto, sinaliza que ajudará o Planalto na Casa. Para Maia, “faz sentido” fazer algumas mudanças na lei, embora o deputado do DEM não entre em detalhes sobre que alterações julga necessárias na legislação.
O próprio presidente em exercício, Michel Temer, já sinalizou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, que é favorável a “aperfeiçoamentos” na Lei da Repatriação.
No governo, o discurso dos que defendem a mudança na legislação é de que a arrecadação está baixa. O governo espera arrecadar até R$ 25 bilhões com a repatriação até o prazo final, previsto para acabar em 31 de outubro. Até o momento, porém, só arrecadou R$ 8 bilhões aos cofres públicos.
As mudanças, no entanto, devem encontrar resistência do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Em recentes entrevistas, o ministro avaliou como “desnecessário” alterar a Lei da Repatriação. Essa também é a posição da Receita Federal, como escreveu a colunista do Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
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