Plataformas de Eike seriam instaladas nas áreas de Lula Norte e Iara

  • Por Estadão Conteúdo
  • 22/09/2016 11h08
Divulgação/ Petrobras Plataforma P-56 da Petrobras

As plataformas P-67 e P-70 – que estão no centro das suspeitas de pagamento de propina de R$ 5 milhões pelo empresário Eike Batista ao PT, por intermédio do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega – fizeram parte de um contrato da Petrobras com o consórcio Integra, formado pela OSX, de Batista, e pela Mendes Junior, que pertence ao grupo de empreiteiras investigadas pela Operação Lava Jato. 

São plataformas “replicantes”, como são chamados os equipamentos de exploração e produção de petróleo construídos seguindo exatamente um projeto anterior, o que normalmente é adotado como forma de acelerar a obra. As plataformas, do tipo FPSO, tinham como destino o pré-sal da Bacia de Santos, nas áreas que foram batizadas pela Petrobras como Lula Norte e Iara. 

Com a derrocada de Eike e o envolvimento da Mendes Junior nas denúncias de corrupção envolvendo os contratos da Petrobras, as obras das duas plataformas, que estavam sendo montadas no Porto do Açu, da OSX, entraram numa fase crítica.

Em fevereiro do ano passado, em resposta a um questionamento sobre a dispensa de mais de 500 funcionários pelo consórcio e o risco de o grupo contratado não entregar a encomenda, a Petrobras respondeu não ter recebido das empresas nenhum comunicado sobre cessão do contrato.

Três meses depois, o consórcio repassou a obra para a chinesa COOEC, que transferiu boa parte da obra para o exterior. A expectativa era de que apenas a partir de 2017 as duas plataformas pudessem ser alocadas em Lula e Iara.

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