PM vai apurar se torcidas organizadas convocaram associados para ato na Paulista

O secretário da PM, coronel Camilo, afirmou que houve presença de ‘grupos neonazistas’, mas não soube dizer em qual dos dois atos que aconteciam simultaneamente na Paulista neste domingo (31)

  • Por Jovem Pan
  • 31/05/2020 17h00 - Atualizado em 31/05/2020 17h03
TABA BENEDICTO/ESTADÃO CONTEÚDO

O secretário-executivo da Polícia Militar do Estado de São Paulo, coronel Alvaro Camilo, afirmou em entrevista à Jovem Pan, na tarde deste domingo (31) que a corporação vai apurar se torcidas organizadas convocaram associados para o ato que aconteceu na avenida Paulista, neste domingo (31).

Desde às 13h, manifestantes e torcidas organizadas caminhavam pela avenida com palavras de ordem pró-democracia. Na altura do vão do Masp, onde os manifestantes que vestiam roupas e máscaras pretas se concentravam, começou a confusão que resultou no uso de bombas de gás e tiros de bala de borracha pela Tropa de Choque da PM.

“Não haveria problema torcida convocar suas pessoas para se manifestar desde que isso fosse dentro da democracia. Grupos se excederam e quebraram a ordem. Se alguma torcida for identificada nesta linha, que convocou associados para comparecer [ao ato] de forma mais agressiva, será responsabilizada”. disse o coronel.

Ele ainda afirmou que a investigação acontecerá ao longo desta semana. A manifestação terminou com, ao menos, três pessoas levadas ao 78º DP, que portagem “artefatos químicos, rojões e canivetes”, de acordo com a PM. Segundo Camilo, a PM agiu para restabelecer a ordem.

O secretário também mencionou, durante a entrevista, que houve a presença de pessoas ligadas “a grupos neonazistas” no local, mas não sou dizer de qual dos lados da Paulista. Ainda neste domingo, apoiadores do governo Bolsonaro também estavam na Paulista.

“Na realidade, pouco importa se foi neonazista ou não. O que foi, como foi e quem será responsabilizado, nós vamos identificar ao longo da semana. Não sei qual grupo foi, mas a ação da PM agiu para restabelecer a ordem. Não sei dizer se o grupo neonazista estava de um lado ou de outro. O que sei dizer é que a orientação que damos é para restabelecer a ordem”, disse.

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