Polícia Civil resetou celulares de delator do PCC em 2022

Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado no aeroporto de Guarulhos, estava sob investigação por lavagem de dinheiro e envolvimento por duplo homicídio

  • Por da Redação
  • 30/11/2024 07h51
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Miguel Schincariol/AFP O corpo de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach é coberto pela polícia após um tiroteio no aeroporto internacional de Guarulhos, A perícia conseguiu recuperar algumas informações de um dos celulares, mas não teve sucesso em acessar dados de outro aparelho

O conteúdo de celulares pertencentes ao empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach foi deletado enquanto estavam sob a custódia da Polícia Civil de São Paulo, em 2022. Gritzbach, que foi assassinado em um ataque no aeroporto de Guarulhos, estava sob investigação por lavagem de dinheiro e era suspeito de estar envolvido em um duplo homicídio relacionado à facção criminosa PCC. Laudos do Instituto de Criminalística revelam que os iPhones apreendidos foram restaurados para as configurações de fábrica após a apreensão. Um dos dispositivos foi resetado em 13 de fevereiro de 2022, apenas dois dias após a apreensão, enquanto outro passou pelo mesmo processo em 22 de março.

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A perícia conseguiu recuperar algumas informações de um dos celulares, mas não teve sucesso em acessar dados de outro aparelho, que era considerado crucial para a defesa de Gritzbach. Além das irregularidades na manipulação dos celulares, surgiram denúncias de interferência indevida nas investigações. O agente penitenciário David Moreira da Silva relatou que recebeu ordens para criar informações falsas sobre Gritzbach, sob a ameaça de prisão de seus familiares. Essa orientação teria vindo de Eduardo Monteiro, que liderava a equipe de investigadores do DHPP.

O juiz Bruno Ronchetti de Castro decidiu que Silva e Gritzbach seriam levados a júri popular, com base em evidências que indicavam envolvimento no crime. A questão do reset dos celulares não impactou o resultado do julgamento, uma vez que as perícias foram realizadas em um inquérito distinto. Atualmente, policiais civis, militares e membros do PCC estão sob investigação por possíveis ligações com o assassinato de Gritzbach.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicada por Matheus Oliveira

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