Polícia encerra festa clandestina com 578 jovens na Zona Sul de São Paulo
Uma denúncia anônima levou os agentes a um estabelecimento na região do Capão Redondo, onde a maioria das pessoas não usava máscara de proteção contra a Covid-19
A Polícia Civil de São Paulo interrompeu uma festa clandestina no bairro do Capão Redondo que contava com a presença de 578 jovens entre 18 e 25 anos na madrugada deste sábado, 13. Uma denúncia anônima levou os agentes de fiscalização ao estabelecimento Avalon Lounge, na Estrada de Itapecerica, onde a maioria dos participantes não utilizava a máscara de proteção e nem respeitava os demais protocolos de segurança contra a Covid-19. Como a balada contraria o decreto estadual, o organizador do evento foi levado para uma unidade do Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania para prestar depoimento. Ele irá responder por crime contra a saúde pública e por não respeitar as regras da Vigilância Sanitária. “O local era completamente fechado, sem portas e janelas. É como se não houvesse amanhã, parecia um outro mundo”, relatou o delegado Eduardo Botero, do Grupo Armado de Repressão a Roubos (Garra). Apesar do foco da ação policial ter sido mais de saúde pública do que criminal, também foram apreendidos 31 papelotes de cocaína, 27 frascos de lança-perfume, três máquinas de cartões e um simulacro de arma de fogo.
Só na madrugada deste sábado, 13, ao menos 17 estabelecimentos da capital foram autuados pela Vigilância Sanitária por descumprimento das novas normas de saúde pública. Destes, quatro foram autuados por aglomerações e funcionamento após o horário permitido. Também houve a interdição de três locais, incluindo duas festas clandestinas. As ações ocorreram nos bairros do Jaguaré, Freguesia do Ó, Alto de Pinheiros e Capão Redondo. Além disso, o Procon-SP já fiscalizou 636 estabelecimentos que prestam atividade não essencial – como bares, baladas, restaurantes, lanchonetes – e autuou 100 por desrespeito às determinações do governo do Estado. As empresas infratoras são autuadas e podem ser multadas em até R$ 10,2 milhões de acordo com o Código de Defesa do Consumidor.
*Com Estadão Conteúdo
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