Polícia faz buscas no gabinete do governador do Pará; secretários são presos

Hélder Barbalho é suspeito de esquema de desvios da saúde no estado

  • Por Jovem Pan
  • 29/09/2020 09h06
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BRUNO CECIM/AGÊNCIA PARÁ Governador do Pará em coletiva de imprensa Operação SOS busca desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos na área da saúde

A Polícia Federal, em ação conjunta com a Controladoria-Geral da União e Polícia Civil do Estado de São Paulo, deflagrou, nesta terça-feira (29), a Operação SOS, que busca desarticular organização criminosa que desviava recursos públicos na área da saúde, destinados a contratação de organizações sociais para gestão de hospitais públicos do Pará. Entre eles estão os hospitais de campanha destinados para combater a pandemia de Covid-19. A investigação mira o período de agosto (2019) a maio (2020), 12 contratos celebrados entre o Governo do Estado do Pará e Organizações Sociais ligadas ao grupo investigado, totalizando o valor de R$ 1.284.234.651,90. Os investigados são empresários, o operador financeiro do grupo, integrantes da cúpula do governo do Pará, além do próprio Chefe do Poder Executivo Estadual. O governador Hélder Barbalho está entre os investigados, embora não há mandado de prisão contra ele. No entanto, o secretário de transportes do Pará, Antônio de Pádua e o atual secretário de desenvolvimento econômico, Parsifal Pontes, e o assessor Leonardo Maia Nascimento foram presos.

A operação contou com a participação de 218 policiais federais, 14 auditores da CGU e 520 policiais civis. A ação tem por objetivo dar cumprimento a 12 mandados de prisão temporária e 41 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça – STJ, além de 64 mandados de prisão temporária e 237 mandados de busca e apreensão expedidos pelas Varas de Birigui/SP e Penápolis/SP. As diligências estão em cumprimento em Belém/PA, Capanema/PA, Salinópolis/PA, Peixe-Boi/PA, Benevides/PA, Goiânia/GO, Araçatuba/SP e diversas cidades de São Paulo.

Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com penas previstas superior a 60 anos de reclusão.

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