Prefeitura decide pela demolição de prédio que pegou fogo no centro de São Paulo

Implosão foi descartada pela impossibilidade de pessoas entrarem no prédio pelo risco de desabamento; Defesa Civil diz que monitora a situação, que tem nove prédios sob risco de desabamento

  • Por Jovem Pan
  • 14/07/2022 06h56 - Atualizado em 14/07/2022 11h21
Foto: WILLIAN MOREIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Incêndio no centro de São Paulo 25 de março Após o fogo no edifício 95 da rua Barão de Duprat ser apagado no início da tarde da última quarta-feira, novo focos de incêndio foram registrados na madrugada e início da manhã desta quinta

A prefeitura de São Paulo informou que a demolição do prédio de número 95 da rua Barão de Duprat, na Sé, na região da rua 25 de Março, no centro de São Paulo, que pegou fogo no último domingo, 11, foi decidida de maneira amigável, sem a necessidade de judicializar o caso, entra ela e os condôminos do edifício. A implosão foi descartada, já que, com o risco de desabamento da estrutura, nenhuma pessoa está autorizada a entrar no prédio, nem mesmo para colocar explosivos para uma implosão. A demolição deverá ser feita lentamente de forma externa. A prefeitura ainda vai decidir se será uma demolição parcial ou total.

O trabalho do Corpo de Bombeiros no prédio foi dado como concluído após mais de 63 horas de chamas no local. O incêndio começou no último domingo, 10, por volta das 21 horas, e só foi controlado no início da tarde da última quarta-feira, 13. Apesar de terem surgido novos focos de incêndio entre a madrugada e o início da manhã desta quinta-feira, 14, inclusive visíveis, os Bombeiros afirmam que o incêndio foi extinto. Todas as equipes do Corpo de Bombeiros foram retiradas da localidade ainda na última quarta.

A área é monitorada apenas pela Defesa Civil, Guarda Civil Metropolitana e Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O Corpo de Bombeiros já havia dito que alguns focos de incêndio pudessem reacender mesmo após extintas. A Defesa Civil informa que, se necessário, vai chamar os Bombeiros para atuarem no caso novamente. Os bloqueios de ruas da região também diminuíram na última quarta e, nesta quinta, somente a rua Comendador Abdo Schahin permanece bloqueada para carros e pedestres, mesmo sob o risco de colapso da estrutura de nove prédios. A Polícia Civil dá continuidade às investigações do incêndio. Na quarta, o zelador do prédio, Antônio Geraldo de Góes, foi ouvido. Nesta quinta, o representante da administradora do edifício, Mário Dalmázio, terá a oitiva realizada. Um representante da igreja ortodoxa atingida pelas chamas também será ouvido.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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