Prefeito de São Leopoldo-RS sobre enchentes: ’34 mil casas debaixo d’água aqui’

Reportagem da Jovem Pan contou sobre as dificuldades que o povo gaúcho tem enfrentado diantes das chuvas que assombram o Estado

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2024 13h46 - Atualizado em 18/05/2024 13h47
DANI BARCELLOS/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO O nível do Lago Guaiba segue afetando o Centro Histórico da cidade de Porto Alegre (RS), nesta quarta-feira, 15 de maio de 2024. Com a trégua da chuva na região, as águas começaram a baixar lentamente hoje, chegando a 5,19 metros no final da manhã. Barcos carregados de água e mantimento prestavam apoio a quem ainda resiste dentro de casas, apartamentos e empresas. 34.000 casas ainda estejam submersas em São Leopoldo

Em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, a comunidade e as autoridades locais estão unidas para superar as consequências de enchentes devastadoras. O prefeito Ary Vanazzi detalhou a situação alarmante que o município enfrenta: com uma população de 180.000 pessoas severamente afetadas, mais de 100.000 desalojadas e 13.000 buscando refúgio em abrigos. A cidade luta contra o tempo para drenar a água acumulada, uma tarefa complicada pelo sistema de diques existente. A instalação emergencial de bombas nas bacias é uma das medidas adotadas para facilitar o retorno das famílias às suas residências, embora 34.000 casas ainda estejam submersas, representando perdas totais para muitos.

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A resposta à crise tem sido uma operação conjunta, envolvendo não apenas o governo municipal, mas também o estadual e o federal, além de uma participação ativa da sociedade civil. A visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao estado, fez promessas de ação direta e desburocratização, essenciais para a eficácia dos esforços de recuperação. O prefeito Vanazzi sublinha a importância desse apoio integrado, destacando a necessidade de assistência financeira direta às vítimas para que possam reconstruir suas vidas e moradias. “Perdemos praticamente tudo nessas residências, não sobrou nada. Tanto tempo as coisas embaixo da água, estraga. Portanto, será uma tarefa árdua e difícil, mas que há um empenho significativo do Governo do Estado, do Governo Federal, da Prefeitura Municipal, da sociedade civil organizada, principalmente o número de empresas que estão colaborando, dos voluntários. Acho que isso dá coragem e determinação pra gente começar a recuperar o estrago”, disse o prefeito.

No entanto, os desafios que São Leopoldo enfrenta vão além da recuperação imediata. O prefeito aponta para a necessidade de uma revisão profunda da estrutura econômica e fiscal do estado, visando uma resiliência a longo prazo. A economia diversificada da cidade, embora robusta, sofrerá impactos significativos.

A crise também ressaltou o papel vital da comunicação, com o rádio emergindo como um canal essencial para manter a população informada e unida. A Jovem Pan, inclusive, faz uma campanha de arrecadação de radinhos para doar aos moradores do sul, pois muitos estão sem internet e tem utilizado deste meio de comunicação para se informarem sobre os desdobramentos das chuvas.

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