Presença de Renan faz “acordão” não ser tema de comitiva de Temer, diz deputado

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2016 15h49
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Brasília - Deputado Pauderney Avelino pede que Waldir Maranhão renuncie a presidência interina da Câmara dos Deputados (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil Deputado Pauderney Avelino - DEM

Membro da comitiva que acompanha o presidente Michel Temer na China, o deputado Pauderney Avelino, líder do DEM na Câmara, confessou que o clima entre os políticos foi afetado pelo “acordão” entre senadores que fatiou a votação do impeachment de Dilma Rousseff na última quarta (31), mantendo os direitos políticos da petista mesmo com seu afastamento.

Ele relatou “certo desconforto” e disse que a presença do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), que defendeu a medida juridicamente heterodoxa, constrange a comitiva de Temer.

“Não se comenta e não se comentou esse assunto até em razão do próprio Renan Calheiros estar presente. Mas há um certo desconforto, é claro. Porque essa gambiarra que foi feita não deveria ter sido feita”, disse Avelino em entrevista exclusiva à Jovem Pan neste sábado (03).

Pessoalmente, Avelino lamenta profundamente que o Senado tenha participado disso” que classificou como “aberração jurídica”.

Protestos

O deputado comentou também que a equipe de Temer tem acompanhado as manifestações contra o seu governo que acontecem no Brasil. Assim como o presidente, Avelino minimizou os atos que se espalham pelo País após o impeachment e durante a viagem internacional de Temer.

O deputado aliado negou a existência de “instabilidade” no Brasil. “Não há qualquer clima de instabilidade no País, a não ser com marginais que depredam agências de bancos e carros da polícia, tentando criar instabilidade”, afirmou.

Apesar das críticas ao fatiamento do impeachment de Dilma, Avelino diz que “vivemos um clima institucional, de tranquilidade” e diz que “todos” da comitiva presidencial estão “confiantes de que em nenhum momento houve a quebra da constitucionalidade do processo”.

Prioridade

Avelino ainda confirmou que a prioridade do governo federal na sua volta ao Brasil é votar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita o aumento dos gastos públicos. 

“Não faltará ao presidente e aos ministros, sobretudo ao ministro da Fazenda (Henrique Meirelles) a disposição de estar dentro do Congresso para mostrar a realidade do País e para onde vai o País se nós não aprovamos uma proposta como essa”, disse.

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