Após prisão de Queiroz, Moro defende que ‘polícias, MP e Justiça’ trabalhem de forma independente
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro afirmou nesta quinta-feira (18) que é “importante que polícias, Ministério Público e Cortes de Justiça” possam trabalhar de maneira independente para que “todos os fatos sejam esclarecidos”. A declaração, feita pelo Twitter, aconteceu após a prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, em Atibaia, no interior de São Paulo.
De acordo com a Polícia Civil, Queiroz, que é investigado por um suposto esquema de “rachadinhas” no gabinete do então deputado estadual Flávio, estava há cerca de um ano na cidade, na casa do advogado da família Bolsonaro, Fraderick Wassef.
O importante é que polícias, Ministério Público e Cortes de Justiça possam trabalhar de maneira independente e que todos os fatos sejam esclarecidos.
— Sergio Moro (@SF_Moro) June 18, 2020
Moro deixou o governo Bolsonaro após alegar suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro no comando da Polícia Federal (PF). A acusação se tornou um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
No vídeo da reunião de 22 de abril, citado por Moro como prova, Bolsonaro fala em trocar “alguém da segurança”: “Eu não vou esperar f. minha família toda de sacanagem, ou amigo meu, porque eu não posso trocar alguém da segurança na ponta da linha que pertence à estrutura. Vai trocar. Se não puder trocar, troca o chefe dele. Se não puder trocar o chefe, troca o ministro. E ponto final.”
Após a prisão de seu ex-assessor, Flávio diz ter visto “com tranquilidade” os acontecimentos desta manhã e afirmou que “mais uma peça foi movimentada no tabuleiro para atacar Bolsonaro”. “Bastou o presidente Bolsonaro se eleger para mudar tudo! O jogo é bruto”, escreveu no Twitter.
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