Protestos pedem por justiça após morte de duas meninas durante troca de tiros no RJ

Emily e Rebeca morreram na sexta, 4, na cidade de Duque de Caxias, enquanto brincavam no portão de casa

  • Por Jovem Pan
  • 06/12/2020 20h38 - Atualizado em 06/12/2020 20h47
Reprodução/Twitter/Instituto Marielle Franco Manifestação teve a participação dos familiares das crianças, que eram primas

Duas meninas, de quatro e sete anos de idade, morreram baleadas na cidade de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, na noite de sexta-feira, 4, após uma troca de tiros. Dezenas de pessoas protestaram neste domingo, 6, nas ruas de Duque de Caxias, onde Emily e Rebeca viviam. A manifestação teve a participação dos familiares das crianças, que eram primas. Foram levados cartazes com dizeres como “Parem de nos matar”, “Justiça por Emily e Rebeca” e “Vidas negras importam”, bordão que também foi entoado pelos participantes.

Emily e Rebeca moravam na comunidade do Barro Vermelho, em Jardim Gramacho, no município de Duque de Caxias. Vizinhos relataram que um carro da Polícia Militar foi visto disparando tiros. A PM confirmou que uma equipe do 15º Batalhão fazia um patrulhamento na comunidade do Sapinho e teria ouvido disparos de arma de fogo. A corporação alega, no entanto, que os agentes não atiraram de volta. Já a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios da Baixada, abriu inquérito para apurar as mortes. Os cinco militares que estavam na região já foram ouvidos e tiveram cinco fuzis e cinco pistolas apreendidos para que a análise balística seja feita. A tendência é de que os parentes das meninas sejam ouvidos nesta segunda-feira, 7.

Uma homenagem às meninas também foi feita na capital do Rio, pela ONG Rio de Paz. Pela manhã, uma coroa de flores foi colocada junto às placas com os nomes de Rebeca e Emily que foram pregadas no sábado, 5, na Lagoa Rodrigo de Freitas, na zona sul, junto a outras de crianças mortas pela violência no Rio. De acordo com a plataforma Fogo Cruzado, 22 crianças com menos de 12 anos foram baleadas na região metropolitana do desde o início deste ano. Oito delas morreram. “A dor das famílias que perderam seus entes queridos é irreparável. Duas crianças na porta de casa e um policial exercendo sua missão. Desde as primeiras horas, a Polícia Civil realiza as investigações, e nós daremos uma resposta à sociedade Minha solidariedade e orações”, escreveu no Twitter o governador em exercício do Rio, Cláudio Castro.

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