Próxima revisão do PIB pode ser para baixo, admite ministro da Fazenda

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/06/2018 20h55
Agência Brasil Ministro afirmou que previsões são reavaliadas a cada dois meses na programação orçamentária e que não faria revisões a cada semana
O ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, admitiu nesta segunda-feira (11) que o governo poderá rever para baixo a previsão oficial sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. Ele observou, porém, que essas previsões são reavaliadas a cada dois meses na programação orçamentária e que não faria revisões a cada semana.

As previsões do governo apontam a um crescimento de 2,5% do PIB em 2018, mas hoje o boletim Focus mostrou que o mercado já vê um avanço inferior a 2%.

Após participar de um seminário promovido pelo Goldman Sachs, Guardia reconheceu que, “sem dúvida”, a greve dos caminhoneiros trouxe prejuízos ao País, mas avaliou que vê como “exageradas” algumas estimativas sobre o impacto da paralisação no transporte de carga.

Lembrou ainda que os economistas já vinham observando perda de ritmo da economia antes da greve. Segundo o ministro, a paralisação deve ter impacto temporário na atividade econômica.

“Revemos a previsão a cada dois meses, quando divulgamos a programação orçamentária. Então, vamos continuar fazendo isso. Quando fazemos as revisões orçamentárias do ano, sempre saímos com uma nova grade de parâmetros. Esse processo de revisão é contínuo”, comentou Guardia.

“Pode ser uma revisão para baixo”, acrescentou o ministro ao ser questionado se, na próxima reavaliação do orçamento, o governo poderá reduzir a previsão ao PIB. “Vamos esperar a próxima revisão e divulgar os números. O que não quero é a cada semana sair com projeções diferentes para crescimento.”

Guardia reforçou que o País precisa fazer as reformas estruturais para assegurar o crescimento sustentável da economia Embora tenha admitido a possibilidade de revisão do PIB, o titular da Fazenda pontuou que a economia retomou o crescimento após apresentar, entre 2015 e 2016, a “pior retração de sua história”.

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