PT fará oposição responsável em caso de afastamento, diz Humberto Costa

  • Por Estadão Conteúdo
  • 11/05/2016 13h38
Marcos Oliveira/Agência Senado Senador Humberto Costa (PT-PE)

O líder do Governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), afirmou, nesta quarta-feira (11), que o PT fará “oposição firme” caso a presidente Dilma Rousseff seja afastada do cargo. “Se for aprovado o impedimento, não há outro caminho para nós que não a oposição”, disse.

De acordo com o senador, o PT fará uma oposição responsável e não uma obstrução ao País. “Faremos uma oposição firme, mas não igual à que eles fizeram ao nosso governo, quando tentaram incendiar o Brasil com pautas bomba, com associação ao corporativismo mais atrasado, com um processo de instabilidade política que levou a uma fragilidade econômica”, afirmou.

Costa disse estar confiante que o governo irá provar, ao longo dos próximos meses, que a presidente Dilma não cometeu crime de responsabilidade. 

Senado

Com a sessão que votará o afastamento da presidente Dilma Rousseff já em andamento, o líder do governo no Senado, senador Humberto Costa (PT-PE), chegou à Casa afirmando que o governo terá um resultado melhor na votação desta quarta-feira (11) do que teve na semana passada com a votação do processo na comissão. “Pretendemos ter, pelo menos, o suficiente para, lá na frente, impedir o impeachment”, disse. Para que o processo não continue, na próxima votação, o governo precisará de 54 votos contra o impeachment de Dilma Rousseff. Na comissão, 15 senadores votaram a favor da continuidade do processo e apenas 5 contra.

Já dando como certo o afastamento da presidente na votação que acontecerá entre esta quarta-feira e a próxima quinta-feira (12), o líder afirmou que o PT não vai aprovar as chamadas “pautas-bomba”, que prejudicam os cofres públicos e criam despesas extras para a União nesse momento de ajuste fiscal. “Nós seremos o maior partido de oposição do Brasil, mas não ao Brasil. Não vamos fazer o que eles fizeram para gerar instabilidade ou dificuldade. Isso, com certeza, não vamos fazer”, crava.

Por outro lado, Costa ressaltou que o partido irá lutar contra “qualquer tentativa de retirar direito dos trabalhadores”. Durante a discussão do ajuste fiscal e da reforma da Previdência Social, a legenda argumentou que o projeto desenhado pelo governo retirava direitos e se posicionou contra. “Vamos assumir, se isso vier a acontecer, a defesa radical da denúncia de que se trata de um golpe, de um presidente sem legitimidade e vamos lutar contra qualquer tentativa de retirar direito dos mais necessitados”, termina.

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