“Quem tem obrigação de colocar 342 votos aqui é o governo”, diz deputado petista

  • Por Estadão Conteúdo
  • 02/08/2017 12h51
Brasília - Deputado José Guimarães, líder do governo na Câmara, fala à imprensa sobre a pauta de votação da Casa (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Guimarães defendeu eleições diretas para escolher o sucessor de Temer e afirmou que a Câmara precisa aceitar a abertura do processo contra Temer

O deputado José Guimarães (PT-CE) discursou nesta quarta-feira (2), na Câmara e disse que nunca se viu um “governo tão ruim” como o do presidente Michel Temer. O parlamentar mencionou a queda de 48% do investimento público, a piora da situação fiscal e ressaltou que a inflação está em retração por causa da recessão.

Guimarães defendeu eleições diretas para escolher o sucessor de Temer e afirmou que a Câmara precisa aceitar a abertura do processo contra Temer. “Quem tem obrigação de colocar 342 votos aqui é o governo”, disse ao falar do quórum mínimo para a votação da denúncia. No momento de seu discurso, o painel da casa registrava 300 deputados presentes.

“Não estamos julgando antecipadamente ninguém. Temos um presidente da República que sujou o país”, disse ele, ressaltando o aumento do desemprego e a piora das contas fiscais “Que retomada da economia é essa?”, perguntou o parlamentar, destacando que a inflação está caindo por causa da recessão.

O deputado cearense disse que nunca viu um presidente “tão incapaz” de administrar o Brasil como Temer e ressaltou que nem os empresários da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) acreditam mais em Temer. “Nossa posição é o enfrentamento. Não vamos dar moleza.”

Antes de Guimarães, o deputado Laerte Bessa (PRE-DF) afirmou que é incoerente acusar o presidente Michel Temer e que o maior ladrão hoje no País é Luiz Inácio Lula da Silva. “O País voltou a crescer”, disse ao falar do governo de Temer.

Bessa recebeu vaias da oposição durante seu discurso, em que ressaltou ainda que “ratos” foram retirados de Brasília. O parlamentar citou ao falar dos “ratos”, entre outros nomes, o do o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci. Ao mesmo tempo, ele questionou qual crime Temer cometeu.

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